Levado ao Vento é um mergulho no tempo das memórias ricas de uma família especial pelos seus personagens especiais que ganharam cor, vida e sons merecidos aos olhos do amor e inspiração de um coração filial.
Um tempo repleto de histórias e recordações...
“Eram cantos dos mais belos e admiráveis passarinhos, dando boas-vindas ao dia que começava a raiar, o novo amanhecer. Coisas encantadoras da natureza.”
O livro reúne elementos que dão um brilho e um movimento bem interessante. Dentro de uma sensibilidade e escrita poética, gosto apurado na escolha das palavras e conteúdos a serem colocados a cada momento, como se lapidando uma obra de arte, vem cativando o leitor a sentir os personagens, o jeito simples e de valor da família das Almécegas, do Cariri, do pé-de-serra, da Taboquinha, de Santana, da Pedra Grande, dos mistérios a serem revelados, do intercâmbio de culturas (alemã e caririense) com toques de suspense, cartas e butijas (enterradas e encontradas), bom humor, ficção ou realidade? Quem sabe? Romances que se encontraram dando frutos, outros que não vingaram pelo destino...
Bem, a mensagem dos personagens é de valor pela vida simples, pelo estudo, pela família, pela religião, ligação com a natureza, o vento, os pássaros, as estrelas, o verde da mata, a água, o sertão, a missão e o que ainda não se conhece... medo para alguns, ciência para outros... sejam percepções diferentes, todos podem ser amigos, viver em paz, aprendendo a viver entre orações, sonhos, espiritualidade, virtudes, alegrias, tristezas e superação.
Ler um livro “devorando” cada página, quase sem piscar os olhos foi um presente para mim (508 páginas em três dias!), fazia muito tempo que não me deleitava assim... (risos). Quando o final do livro se aproximou, eu já estava com saudades. Ao ler ficava imaginando como seria um roteiro de um filme (noivo cineasta...) A parte do padre Wainer, da butija e do desfecho ficou bem legal! A participação do personagem Totonho e suas percepções e conhecimentos espirituais...entre tantas.
Também quero registrar o carinho da dedicatória escrita para mim tão especial, senti-me feliz com suas palavras, lembrando os “índios kariris” e pelo personagem ligado a espiritualidade...
O que mais admiro é o espírito amoroso e de reconhecimento.
Valor, caráter e boa índole.
É um sentimento bom poder falar que tenho você como amigo.
Abraço fraterno
Ceci
31 de janeiro 2011.
Um comentário:
Filha de peixe é peixinho.
Ceci é filha de dois amigos especiais: Emerson e Isabelisa.
Conheço-a de perto, na sensibilidade, e grandeza de alma.
Além do mais, escreve lindamente !
Só precisa abrir o baú e nos mostrar seus escritos, aos pouquinhos.
Estou sem teu e-mail, menina.
Beijos.
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