Ainda chove
Vivem minhas plantas na sacada
A rosa nunca mais brotou
A palmeira cresce exuberante
e as violetas seguram suas flores
"Na panela sempre tem feijão"
E no coração,
um projeto de renovação.
As faltas são abonadas
O livro das presenças, sempre intacto.
Acordo em Fevereiro
querendo cortar os cabelos
aparar as arestas de mim mesma
O leite derramado
o rato lambeu
A fruta madura,
alguém já comeu...
As esperanças são azuis,
pra não dizer que não falei do verde
Minhas pernas desejam saltar buracos nas ruas
Vejo-me nas poças de lama
feito barro, quase enxuto
Vou encontrando a realidade em cada passo
Meu sorriso comovido
se espalha,
Cruza com notícias aos pedaços
ocultando soluços.
A dor da minha mãe reflete serenidade
Ela é a minha aprendizagem...
Não tem gordura no coração
Tem reserva amorosa,
que eu recebo, e reproduzo.
Pra que falar demais?
Tenho este feio costume...
Mas não sei dizer até mais tarde,
e não voltar pra esse mundo.
por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Fevereiro- por Socorro Moreira
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2 comentários:
Ai, meu Deus, que poema "mais lindo"!
Sensível, tocante, bem Socorro Moreira.
Meu abraço carinhoso, querida amiga.
xeros
stela
Quando você gosta eu fico procurando a beleza...
Encontro-a nos teus olhos e coração amigo.
Beijo!
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