Cigana do Cais
Acho que sou reencarnação de algum Bobo da CorteClaro que prefiro a performance de uma dançarina,
Cigana do Cais,
emprestando o corpo para o olho do pirata mudo .
Uma boêmia bem resolvida.
Meu corpo resolveu madrugar
Revolver lembranças e lençóis
Latidos e uivos , escuto
Tenho que criar cachorros ...
Por que não cedo , por que me esquivo ?
Preciso verbalizar o quê , se apenas sinto ?
Putz , pensou Maria :
Coloquei sal no café
Quebrei o prato
Tremi pra passar batom
Mas as cantoneiras dos olhos ,
banham - me de luz !
O entendimento pleno de si e do outro ...
É imediato !
Passa , mas deixa um rastro
A gente pode retroceder como João e Maria ...
Sem bagagem , com fome de aventura ,
e a leveza dos meninos .
É possível amar sozinha ...
Sob todos os sentidos !
Vermelho
S.O.S poesia
Abril , primaveril
Chove na cabeleira do milho
Canjica doce , espiga o meu juízo
Lambuzo os dedos , no tacho do meu vício !
Um amor resolvido
Faz o presente
ter aniversário pra comemorar !
A gente sente para escrever.
Esta é uma forma de viver .
Meu vocábulo é assustado pelas madrugadas ...
Saem como brinquedos dos livros de contos de fada
ou das amarguras e mágoas da alma.
Minha adolescência tão prolongada,
Saiu de cena ... Mas morre de saudades de mim !
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