O
“componente político” sempre foi, é e será peça primordial para que qualquer
urbe “decole” em termos de independência econômica e desenvolvimento social.
Assim,
mesmo sob o fogo cruzado de alguns “idiotas de plantão” (e eles estão em toda
parte, sempre), durante anos sempre advogamos, aqui neste espaço, que a falta
do “componente político” fatalmente levaria o Crato a tornar-se uma
cidade-fantasma, cidade-dormitório, cidade “ex-isso-ex-aquilo”.
E
mais: que a tal “Região Metropolitana do Cariri” não passava de uma grande fraude,
um grotesco embuste, porquanto o objetivo sempre foi privilegiar uma única cidade,
ao tempo em que “migalhas” seriam distribuídas com as demais.
Como
resposta, os citados “idiotas de plantão” sacaram de um bordão tão cretino
quanto irresponsável: que éramos “um só povo, uma só Nação Cariri” e, portanto,
não deveríamos nos preocupar com o “privilegiamento” de uma única cidade, porquanto
os benefícios se espraiariam pelas demais. Deu no que deu. Enterraram o Crato e
o lacraram hermeticamente.
Ou
alguém se arrisca a negar que, hoje, lamentavelmente, perdemos o bonde da
história ??? E pior: sem qualquer chance de reversão ou retorno, porquanto as
grandes “obras estruturantes” (aeroporto, hospital, instituição federais e por
aí vai) foram todas implantadas na “cidade-polo”, condenando-nos a vagar em sua orbita.
E
o retrato emblemático e pujante da derrocada do Crato, ou daquilo em que
transformaram a cidade nos últimos 40 anos (sua própria população) é o Terminal
Rodoviário Wilson Roriz, vulgarmente conhecido por “rodoviária”, outrora
orgulho de todos nós.
Concluída
na administração do então prefeito Pedro Felício Cavalcante (o último grande gestor
que tivemos), em meados da década de 1970, por falta de manutenção e cuidados
está superada, decadente, isolada, sitiada
e até mesmo abandonada por sua população (particularmente, experimentamos um
misto de vergonha e tristeza de mostrar “aquilo” a qualquer um “rodoviário de
primeira viagem” que por lá aporte)..
E
como já atingimos a “casa do sem jeito”, seria o caso do atual prefeito da
cidade mirar em obras pontuais, valendo-se do fato do atual Governador do Ceará
ser um cratense (e com quem conviveu durante anos na Assembleia Legislativa),
para mostrar-lhe da necessidade urgente de se construir uma nova Rodoviária no
Crato, que pelo menos não nos envergonhe tanto.
Arregace
as mangas e compre essa briga, prefeito.
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