por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 13 de janeiro de 2019

A "RODOVIÁRIA" DO CRATO - José Nilton Mariano Saraiva


O “componente político” sempre foi, é e será peça primordial para que qualquer urbe “decole” em termos de independência econômica e desenvolvimento social.

Assim, mesmo sob o fogo cruzado de alguns “idiotas de plantão” (e eles estão em toda parte, sempre), durante anos sempre advogamos, aqui neste espaço, que a falta do “componente político” fatalmente levaria o Crato a tornar-se uma cidade-fantasma, cidade-dormitório, cidade “ex-isso-ex-aquilo”.

E mais: que a tal “Região Metropolitana do Cariri” não passava de uma grande fraude, um grotesco embuste, porquanto o objetivo sempre foi privilegiar uma única cidade, ao tempo em que “migalhas” seriam distribuídas com as demais.

Como resposta, os citados “idiotas de plantão” sacaram de um bordão tão cretino quanto irresponsável: que éramos “um só povo, uma só Nação Cariri” e, portanto, não deveríamos nos preocupar com o “privilegiamento” de uma única cidade, porquanto os benefícios se espraiariam pelas demais. Deu no que deu. Enterraram o Crato e o lacraram hermeticamente.

Ou alguém se arrisca a negar que, hoje, lamentavelmente, perdemos o bonde da história ??? E pior: sem qualquer chance de reversão ou retorno, porquanto as grandes “obras estruturantes” (aeroporto, hospital, instituição federais e por aí vai) foram todas implantadas na “cidade-polo”, condenando-nos a vagar em sua orbita.  

E o retrato emblemático e pujante da derrocada do Crato, ou daquilo em que transformaram a cidade nos últimos 40 anos (sua própria população) é o Terminal Rodoviário Wilson Roriz, vulgarmente conhecido por “rodoviária”, outrora orgulho de todos nós.

Concluída na administração do então prefeito Pedro Felício Cavalcante (o último grande gestor que tivemos), em meados da década de 1970, por falta de manutenção e cuidados está   superada, decadente, isolada, sitiada e até mesmo abandonada por sua população (particularmente, experimentamos um misto de vergonha e tristeza de mostrar “aquilo” a qualquer um “rodoviário de primeira viagem” que por lá aporte)..

E como já atingimos a “casa do sem jeito”, seria o caso do atual prefeito da cidade mirar em obras pontuais, valendo-se do fato do atual Governador do Ceará ser um cratense (e com quem conviveu durante anos na Assembleia Legislativa), para mostrar-lhe da necessidade urgente de se construir uma nova Rodoviária no Crato, que pelo menos não nos envergonhe tanto.

Arregace as mangas e compre essa briga, prefeito.

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