A piada é antiga, mas fica cada dia mais atualizada. Conta-se que na criação do mundo, um anjo ponderou ao Criador: "Ó Mestre; as terras desse país, o Brasil, são as mais férteis do mundo, as suas praias as mais belas, possui os rios mais caudalosos da terra, minas de ouro, prata e diamantes, petróleo em abundancia na sua plataforma continental. O Senhor não está favorecendo demais esse país?" Ao que respondeu o Criador: "Espere só os políticos que vou colocar lá!"
Parte dessa pequenina parábola foi comprovada. Nossos arremedos de políticos, em sua grande maioria passiveis de punição por atos de comprovada corrupção, jogaram nossa constituição na lata do lixo. Num gesto de desordenada injustiça, depuseram uma Presidente da República, honesta e, democraticamente eleita, para colocar em seu lugar um traidor e usurpador, com um programa de governo diametralmente oposto daquele soberanamente escolhido pela maioria do povo brasileiro. Um governo preocupado em implantar uma economia neoliberal, sem nenhum compromisso com a distribuição de renda e total desinteresse pelos programas sociais, que favoreçam a redução das desigualdades.
O Brasil, com excesso de ufanismo, foi há alguns anos, indevidamente considerado como "País do futuro." E por que também não dizer da esperança? Agora que o futuro se faz presente, vivemos, portanto, num país sem futuro e sem esperanças, habitado por um povo que em sua maioria não possui educação formal, quando não totalmente alienado pelas novelas globais. Um tipo acomodado, que a tudo assiste silente, quando não proibido de protestar contra as ameaças perpetradas à nossa frágil democracia, mal refeita de um longo período de ditadura.
Poucos perceberam que a finalidade exclusiva do golpe foi satisfazer aos interesses do capital internacional, principalmente das grandes empresas petrolíferas norte-americanos, sedentas por petróleo, posto que exauridas as reservas de petróleo do Texas e a se esgotar a produção de óleo obtida do xisto betuminoso. Para bom entendedor fica a pergunta: De onde eles vão retirar o ouro negro vital para a grande nação do norte?
Uma série de medidas já foram anunciadas pelo nosso auto-intitulado presidente. A entrega do nosso petróleo, onde bacia de Carcará, uma reserva avaliada em 37 bilhões de dólares já foi vendida a preço vil a uma petrolífera norueguesa. (empresa estatal, como a nossa Petrobrás, que foi tão atacada e desvalorizada pela cruel exposição na mídia)
E as más noticias anunciadas pelos usurpadores não param aí. Além de vinte anos de arrocho nos salários e aposentadorias, aguardem as privatizações tão nefastas, a serem previstas para o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Rodovias, Aeroportos e a própria Petrobrás, que o "sociólogo" não conseguiu fazer.
Tão sabiamente afirma a sabedoria popular: "o sol somente se põe para quem vende, e nasce radiante para quem compra!" Empresas vendidas, principalmente ao capital estrangeiro, deixam algum resultado mínimo no pós-venda, ilusão que a longo prazo será desfeita, pois o país perderá o lucro gerado por essas empresas em mãos do capital externo, que passará a ser remetido para seus proprietários fora do país, privando o vendedor dessa fonte de riqueza. À propósito, que vantagem o país aferiu com as privatizações do governo de tão dolorosa memória de FHC? Alguém poderia explicar para onde foi toda aquela soma em dinheiro de nosso patrimônio vendido praticamente na "bacia das almas"? Alguém poderá desvendar o rombo produzido pelo telefonia da "Portugal/Telecom?" E que será pago pelos seus usuários?
Entretanto, a promessa de maior gravidade, diz respeito aos direitos trabalhistas, a redução de verbas para saúde e educação, como se a saúde e o ensino desse pobre e desvalido pais fosse grande coisa. Há também ameaças como o fim da Consolidação das Leis do Trabalho -CLT, o fim da previdência pública, da jornada mínima de oito horas de trabalho diário, da idade máxima para aposentadoria, que lançará na mendicância milhões de trabalhadores idosos, que serão sumariamente demitidos. Ou a falta de emprego para milhões de jovens que ficarão fora do mercado de trabalho, tornando-se vitimas fáceis do tráfico de drogas e de outros malefícios que a ociosidade provoca e gera.
Com tristeza vi pelos grupos sociais, muitos se congratulando pela nefasta conquista. A esses, um aviso: no futuro teremos tudo a"temer"
Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Parte dessa pequenina parábola foi comprovada. Nossos arremedos de políticos, em sua grande maioria passiveis de punição por atos de comprovada corrupção, jogaram nossa constituição na lata do lixo. Num gesto de desordenada injustiça, depuseram uma Presidente da República, honesta e, democraticamente eleita, para colocar em seu lugar um traidor e usurpador, com um programa de governo diametralmente oposto daquele soberanamente escolhido pela maioria do povo brasileiro. Um governo preocupado em implantar uma economia neoliberal, sem nenhum compromisso com a distribuição de renda e total desinteresse pelos programas sociais, que favoreçam a redução das desigualdades.
O Brasil, com excesso de ufanismo, foi há alguns anos, indevidamente considerado como "País do futuro." E por que também não dizer da esperança? Agora que o futuro se faz presente, vivemos, portanto, num país sem futuro e sem esperanças, habitado por um povo que em sua maioria não possui educação formal, quando não totalmente alienado pelas novelas globais. Um tipo acomodado, que a tudo assiste silente, quando não proibido de protestar contra as ameaças perpetradas à nossa frágil democracia, mal refeita de um longo período de ditadura.
Poucos perceberam que a finalidade exclusiva do golpe foi satisfazer aos interesses do capital internacional, principalmente das grandes empresas petrolíferas norte-americanos, sedentas por petróleo, posto que exauridas as reservas de petróleo do Texas e a se esgotar a produção de óleo obtida do xisto betuminoso. Para bom entendedor fica a pergunta: De onde eles vão retirar o ouro negro vital para a grande nação do norte?
Uma série de medidas já foram anunciadas pelo nosso auto-intitulado presidente. A entrega do nosso petróleo, onde bacia de Carcará, uma reserva avaliada em 37 bilhões de dólares já foi vendida a preço vil a uma petrolífera norueguesa. (empresa estatal, como a nossa Petrobrás, que foi tão atacada e desvalorizada pela cruel exposição na mídia)
E as más noticias anunciadas pelos usurpadores não param aí. Além de vinte anos de arrocho nos salários e aposentadorias, aguardem as privatizações tão nefastas, a serem previstas para o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Rodovias, Aeroportos e a própria Petrobrás, que o "sociólogo" não conseguiu fazer.
Tão sabiamente afirma a sabedoria popular: "o sol somente se põe para quem vende, e nasce radiante para quem compra!" Empresas vendidas, principalmente ao capital estrangeiro, deixam algum resultado mínimo no pós-venda, ilusão que a longo prazo será desfeita, pois o país perderá o lucro gerado por essas empresas em mãos do capital externo, que passará a ser remetido para seus proprietários fora do país, privando o vendedor dessa fonte de riqueza. À propósito, que vantagem o país aferiu com as privatizações do governo de tão dolorosa memória de FHC? Alguém poderia explicar para onde foi toda aquela soma em dinheiro de nosso patrimônio vendido praticamente na "bacia das almas"? Alguém poderá desvendar o rombo produzido pelo telefonia da "Portugal/Telecom?" E que será pago pelos seus usuários?
Entretanto, a promessa de maior gravidade, diz respeito aos direitos trabalhistas, a redução de verbas para saúde e educação, como se a saúde e o ensino desse pobre e desvalido pais fosse grande coisa. Há também ameaças como o fim da Consolidação das Leis do Trabalho -CLT, o fim da previdência pública, da jornada mínima de oito horas de trabalho diário, da idade máxima para aposentadoria, que lançará na mendicância milhões de trabalhadores idosos, que serão sumariamente demitidos. Ou a falta de emprego para milhões de jovens que ficarão fora do mercado de trabalho, tornando-se vitimas fáceis do tráfico de drogas e de outros malefícios que a ociosidade provoca e gera.
Com tristeza vi pelos grupos sociais, muitos se congratulando pela nefasta conquista. A esses, um aviso: no futuro teremos tudo a"temer"
Por Carlos Eduardo Esmeraldo
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