por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 27 de abril de 2016

NO "SUPREMO"...CORRUPÇÃO, FROUXIDÃO E COVARDIA - José Nílton Mariano Saraiva

Já se desconfiava (porque o povão que não usa cabresto não se furta de comentar nas calçadas, bares, praças e ruas das cidades) que o nosso Supremo Tribunal Federal não passa de um poder corrompido, frouxo e acovardado, que não faz jus à superlativa denominação que lhe atribuem, porquanto na prática não passa de um “ínfimo” poder, um poder menor (pelo menos moralmente). E isso ficou comprovado nos dias atuais, quando o bandido de alta periculosidade, Eduardo Cunha, momentaneamente ocupando a cadeira de Presidente da Câmara Federal, negou-se a cumprir uma decisão judicial emanada daquela corte, via ministro Marco Aurélio Mello.

Como o “meliante” já fora incurso como réu em um processo que tramita naquela corte já há seis meses (e existe mais uma meia dúzia na fila), o normal e correto, a fim de evitar a desmoralização pública de um dos seus pares, seria que os demais integrantes daquele poder cerrassem fileiras com o ministro ofendido, obrigando a que o “distinto” cumprisse o que lhe fora determinado; como até hoje não o fez (e não se sabe se o fará, algum dia), não só o juiz impetrante ficou “carimbado” como incapaz (embora individualmente seja um dos mais atuantes), como o Supremo, em seu conjunto, ficou rotulado como um “poder sem poder”.

O reflexo disso foi que o “ficha-suja” Eduardo Cunha, cujo processo dormita em alguma gaveta de uma daqueles “excelências” (sem prazo definido para ser cumprido), por pura vingança findou por convocar sua “quadrilha parlamentar”, e agilizou e presidiu a sessão que aprovou em tempo recorde o pedido de “impeachment” da presidenta “ficha limpa” Dilma Rousseff; ou seja, uma assembleia de ladrões, presidida por um gângster (que vive cercado de seguranças), findou por ferir de morte a democracia, e enlameou o nome do Brasil lá fora (e acreditem, para o que houve, a alcunha de “república de bananas”, hoje atribuída ao Brasil, é pouco).

Ante o ocorrido, a pergunta que todo brasileiro com um mínimo de sensatez, discernimento e consciência política faz, hoje, é: para que serve mesmo o Supremo Tribunal Federal ??? Como chegou a tal grau de descrédito perante a sociedade, que o tinha como um “guardião” da nossa Carta Maior ??? Por qual razão abdica da sua condição de “supremo” para transmutar-se num “ínfimo” poder, um poder menor, já que compactua com as ilegalidades perpetradas por um reconhecido marginal, ao não obstá-las ???

Além do quê, ontem, às vésperas de uma sessão à qual o seu próprio presidente comandará (a votação no plenário da Câmara Federal do previsível impeachment, em meados de maio), o Supremo mostrou que quando se trata de legislar em causa própria não tem o mínimo pudor em se aliar a bandidos, ao propor e conseguir que a Câmara Federal “agilize” vapt-vupt o processo de portentosos reajustes salariais de funcionários e magistrados (que se estenderão a todos os níveis do judiciário, no Brasil todo), que haviam sido vetados responsavelmente pela presidenta Dilma Rousseff (a fim de não comprometer ainda mais as combalidas finanças do país).

Restou acordado, então, que como forma de “agradecimento” pela não interferência (alheamento total) do Supremo na fase “pré” e a garantia do mesmo modus operandi na fase “pós” impeachment, que o plenário da Câmara Federal não só aprovará a “urgência” para tal projeto, assim como analisará o “mérito” da proposição no mesmo dia (lembremo-nos que o Supremo Tribunal Federal terminantemente negou-se a julgar o “mérito” do processo de impeachment, fixando-se apenas no burocrático “rito processual”).

Confiram, abaixo, a excrescência:

O STF e os deputados: o negócio é à vista…

POR FERNANDO BRITO · 27/04/2016

Do Valor, ontem à noite:

Às vésperas da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado Federal e a possível troca de governo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, recebeu o apoio de líderes de partidos na Câmara, que, em acordo, vão tentar aprovar o reajuste salarial de servidores do Judiciário e de magistrados rapidamente. A ideia é aprovar a urgência do projeto de lei nesta quarta-feira e, no mesmo dia, analisar o mérito do texto no plenário da Casa.

Assim mesmo, a toque de caixa, tanto que, segundo o mesmo insuspeito jornal, “nos corredores da Câmara o convite feito aos deputados hoje por Lewandowski para o café é apelidado de “cobrança da fatura” após o STF não interferir nas votações do impeachment pela Casa.”



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