Definitivamente, a
“tucanalhada” raivosa (e simpatizantes) não têm mesmo jeito: só foi o governo
anunciar seu plano de “concessões” para alguns setores, a fim de injetar o
necessário oxigênio-financeiro na economia, para que voltassem com o lengalenga
de sempre, a surrada e batida conversa mole das “privatizações”.
Claro que o objetivo
maior é confundir os incautos, porquanto até eles, que se consideram “experts”
na matéria, involuntariamente “escorregam” quando tratam do tema, como restou
constatado quando a notícia foi veiculada no tal Jornal Nacional: numa hora, no
mesmo bloco, o “ledor de notícias” (o tal do Bonner) se referira à decisão do
governo de “privatizar” para, na sequência, usar a expressão “concessão”.
Por essa razão, é
necessário que a coisa seja posta à mesa “tim-tim-por-tim-tim”, da forma mais
didática possível, na tentativa de encontrar entre a “tucanhalada” (e
simpatizantes) uma mente aberta ao diálogo, um ser vivente desprovido das
amarras do sectarismo e intolerância, que a nada levam, mas que parece ter
feito morada entre os agitados “bicudos”.
Pois bem, saibam que
“privatizar” é negociar o patrimônio público e entregá-lo de FORMA DEFINITIVA a
quem por ele se interessar, independentemente que seja uma pessoa física
(individual) ou uma entidade jurídica (coletiva), a fim que a partir de então,
como legítimos donos, o usem como bem entender: podem repassar a um terceiro,
mudar de ramo, demitir todo mundo e, até, acabar com o negócio se assim
preferir; em palavras outras, pelas vias normais (jurídicas) não há a menor
possibilidade que aquele bem volte a ser do governo. Exemplos: a CSN, uma
empresa com extraordinário potencial de se desenvolver, já que detentora de uma
“matéria-prima” que o mundo todo necessita (minério), foi entregue pela “tucanalhada”
de mão beijada à iniciativa privada, com o criminoso argumento de que o
“apurado” serviria para ajudar no pagamento da dívida externa; já o setor de
“telecomunicações” foi “doado” ao mafioso Daniel Dantas, que até hoje não tem
onde colocar tanta grana, em relação ao que foi investido. O tal “apurado” ???
Ninguém sabe ninguém viu, enquanto a tal dívida externa cresceu exponencialmente. O que se sabe é que muitos “bicudos” ostentem hoje um “patrimônio-marombado” em relação ao
que detinham antes do ingresso no governo de FHC.
Já a “concessão” é uma
espécie de TRANSFERÊNCIA PROVISÓRIA da posse de um determinado bem ou atividade
econômica, com preço, regras e prazo
definidos (numa linguagem mais popular e rasteira, mas de melhor entendimento para
os que não manjam da atividade econômica, poderíamos até usar a figura do “aluguel”),
ao final do qual o vencedor da licitação (espécie de locatário) devolverá ao
locador-proprietário (verdadeiro dono) aquele bem que temporariamente lhe foi outorgado
ou “concedido”, inclusive com todas as eventuais benfeitorias que lhe tenham
sido agregadas. Exemplos: pelos aeroportos, ferrovias, portos e estradas que o
governo está agora “concedendo”, a iniciativa privada pagará ao governo um
preço justo para explorá-los por determinado tempo e, ao final dos respectivos
contratos os devolverá ao governo.
Portanto, é chegada a
hora de acabar com essa embromação de tentar incutir na mente dos desavisados certas
babaquices sem fundamento, e de encarar com seriedade e responsabilidade as momentâneas
dificuldades que o país atravessa (não esquecer de lembrar ao “playboy” do
Leblon, o tal Aécio Neves, que a eleição já acabou, e não há possibilidade nenhuma de um
terceiro turno).
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