por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 12 de junho de 2015

E OS LADRÕES DA FIFA? - José do Vale Pinheiro Feitosa

“Já alguma vez se perguntaram como é que acontece que estes governos e o capitalismo continuem a existir apesar de toda miséria e problemas causados ao mundo?” – Alexandre Berkman.

E a crise da FIFA?

O FBI mandou prender pessoas de várias nacionalidades na Suíça. Não se sabe quando serão deportados para as cortes americanas, mas já estão sob a tutela delas. Há alguma contradição nesta notícia?

Muitas. Mas uma central: fazer negócio, receber bônus, privatizar bens públicos, fazer lobby e se tornar um vitorioso biliardário é a própria natureza do sistema cuja alma se encontra nos EUA.

Então tome siglas para nos confundir: FIFA, FBI e EUA. Pois é esta natureza sintética das instituições que reproduz a bomba de efeito moral. O mundo está revoltado com os corruptos.

Não com os ricos. Os biliardários não, mas com os corruptos. Mas onde fica o limite entre os dois? Alguém em consciência desperta consegue demarcar?

E tem uma questão clara. Nem um dos mais vitoriosos produtos do mundo consegue esconder um volume tão acelerado e corrupto. Falo da Microsoft. Quantas pernadas, esmagamento, oligopolização, sabotagem praticou e pratica, inclusive com sonegações fiscais imensas.

As corporações lutam pelo domínio do patrimônio geral da humanidade, incluindo os bens tangíveis como solo, água e ar e bens intangíveis como a cultura. Querem cobrar um pedágio universal permanente por tudo que exista, inclusive o ar que se respira. Assim como a telefonia celular que cobra caro para você se comunicar com outro.

E aquela junta de siglas? Corre célere a desconfiança que os EUA, que têm uma vida caríssima, (imensa armada espalhada pelo mundo, bases aéreas nos quatro cantos, milhões de militares, tudo em plena atividade), precisam das reservas feitas por entes privados no fundos bancários.

Por isso os paraísos fiscais começam a entrar na mira tendo que revelar seus depósitos para autoridades americanas. E já começaram a buscar os fundos dos “ladrões” da FIFA. Depois, o americano médio suspeita, vão investir sobre todo tido de fundo de pensão, de renúncias fiscais tradicionais, depósitos individuais e outros mais para compensar o aparelho de guerra montado para manter os “negócios” de siglas como a FIFA.

A pergunta que imediatamente nos afronta. É possível manter um status desta natureza, quando se esfaqueia exatamente aquele meio social que sustentou com trabalho e crença este sistema capitalista? Normalmente é este tipo de fogo que aumenta a pressão até o momento em que o acúmulo entra em ebulição e uma revolução acontece.

Berkman, aquele da frase acima explica: “as pressões vindas de cima (opressão política e econômica); as pressões vindas de baixo (emancipação, ativismo e pensamento crítico); a disseminação e debate de ideias críticas que facilitem a emergência de subjetividades rebeldes (esclarecimento). Este é o ponto de mutação da realidade.

Slavoj Zizek afirma: “Estou convencido que numerosos problemas como os ecológicos, biogenéticos e novas formas de apartheid não podem ser resolvidos pelo capitalismo global.” Uma frase interessante no mínimo.

Hoje se noticia que Israel joga os judeus negros e asiáticos no fundo da escala social. Há o predomínio do judeu branco. Que veio da Europa e nem semita geneticamente deve ser.

Aliás a ideia de raça branca é indissociável do território Europeu. É no território que as etnias se fundaram. Não pelo dedo de Deus.  


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