“Já alguma vez se
perguntaram como é que acontece que estes governos e o capitalismo continuem a
existir apesar de toda miséria e problemas causados ao mundo?” – Alexandre Berkman.
E a crise da FIFA?
O FBI mandou prender pessoas de várias nacionalidades na Suíça.
Não se sabe quando serão deportados para as cortes americanas, mas já estão sob
a tutela delas. Há alguma contradição nesta notícia?
Muitas. Mas uma central: fazer negócio, receber bônus, privatizar
bens públicos, fazer lobby e se tornar um vitorioso biliardário é a própria
natureza do sistema cuja alma se encontra nos EUA.
Então tome siglas para nos confundir: FIFA, FBI e EUA. Pois
é esta natureza sintética das instituições que reproduz a bomba de efeito
moral. O mundo está revoltado com os corruptos.
Não com os ricos. Os biliardários não, mas com os corruptos.
Mas onde fica o limite entre os dois? Alguém em consciência desperta consegue
demarcar?
E tem uma questão clara. Nem um dos mais vitoriosos produtos
do mundo consegue esconder um volume tão acelerado e corrupto. Falo da Microsoft.
Quantas pernadas, esmagamento, oligopolização, sabotagem praticou e pratica,
inclusive com sonegações fiscais imensas.
As corporações lutam pelo domínio do patrimônio geral da
humanidade, incluindo os bens tangíveis como solo, água e ar e bens intangíveis
como a cultura. Querem cobrar um pedágio universal permanente por tudo que
exista, inclusive o ar que se respira. Assim como a telefonia celular que cobra
caro para você se comunicar com outro.
E aquela junta de siglas? Corre célere a desconfiança que os
EUA, que têm uma vida caríssima, (imensa armada espalhada pelo mundo, bases
aéreas nos quatro cantos, milhões de militares, tudo em plena atividade),
precisam das reservas feitas por entes privados no fundos bancários.
Por isso os paraísos fiscais começam a entrar na mira tendo
que revelar seus depósitos para autoridades americanas. E já começaram a buscar
os fundos dos “ladrões” da FIFA. Depois, o americano médio suspeita, vão
investir sobre todo tido de fundo de pensão, de renúncias fiscais tradicionais,
depósitos individuais e outros mais para compensar o aparelho de guerra montado
para manter os “negócios” de siglas como a FIFA.
A pergunta que imediatamente nos afronta. É possível manter
um status desta natureza, quando se esfaqueia exatamente aquele meio social que
sustentou com trabalho e crença este sistema capitalista? Normalmente é este
tipo de fogo que aumenta a pressão até o momento em que o acúmulo entra em
ebulição e uma revolução acontece.
Berkman, aquele da frase acima explica: “as pressões vindas
de cima (opressão política e econômica); as pressões vindas de baixo
(emancipação, ativismo e pensamento crítico); a disseminação e debate de ideias
críticas que facilitem a emergência de subjetividades rebeldes
(esclarecimento). Este é o ponto de mutação da realidade.
Slavoj Zizek afirma: “Estou convencido que numerosos
problemas como os ecológicos, biogenéticos e novas formas de apartheid não
podem ser resolvidos pelo capitalismo global.” Uma frase interessante no
mínimo.
Hoje se noticia que Israel joga os judeus negros e asiáticos
no fundo da escala social. Há o predomínio do judeu branco. Que veio da Europa
e nem semita geneticamente deve ser.
Aliás a ideia de raça branca é indissociável do território
Europeu. É no território que as etnias se fundaram. Não pelo dedo de Deus.
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