Poema do desmantelo azul
"Então, pintei de azul os meus sapatos
Por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos...
e colori as minhas mãos e as tuas.
"Então, pintei de azul os meus sapatos
Por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos...
e colori as minhas mãos e as tuas.
Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.
E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.
E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul."
(Carlos Pena Filho)
BAILARINAS EM AZUL - DE EDGAR DEGAS
Ver maise aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.
E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.
E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul."
(Carlos Pena Filho)
BAILARINAS EM AZUL - DE EDGAR DEGAS
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