por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

"Deseducados" - José Nilton Mariano Saraiva

Independentemente do mérito (e há, sim) da medida adotada pelo Governo brasileiro em contratar médicos estrangeiros para atuar nos inóspitos rincões do país (lá naquele “interiozão” brabo), em razão da expressa “má vontade” dos profissionais formados aqui no Brasil em para lá se deslocarem (701 cidades foram recusadas, na fase primeira do programa “Mais Médicos”), afigura-se-nos esdrúxula e fora de propósito a atitude de dezenas de “doutores” que, em Fortaleza, apopléticos e deseducados, xingaram aos gritos de “incompetentes” e “escravos”, os médicos cubanos que aportaram por aqui, quando saiam de uma reunião de boas-vindas patrocinada pelo Ministério da Saúde.

Afinal, humanistas e sensíveis como o são (ou deveriam ser, até por exigência da própria profissão escolhida), nossos “doutores” (aqueles que participaram da manifestação) perderam uma boa oportunidade de mostrar à sociedade seu espírito desprendido e generoso, recebendo os colegas cubanos com fidalguia e companheirismo e, se possível, incentivando-os pela iniciativa.

Só que, ao partidarizarem a questão (o “cabeça” do movimento é um reconhecido inimigo dos governos Lula/Dilma) de forma inoportuna e apressada, objetivando atrapalhar uma ação governamental que tem por objetivo preencher lacunas em um setor reconhecidamente deficiente, esqueceram que os cubanos aqui chegaram para atuar não em procedimentos complexos e avançados e, sim, unicamente na atenção básica à saúde; não se constituem, pois, nenhuma ameaça de “concorrência” aos nativo-acomodados.


Torçamos, portanto, para que, assentada a poeira e desarmado os espíritos, se instale um clima de harmonia e colaboração entre os “doutores” brasileiros e cubanos. A população pobre e carente antecipadamente agradece. 

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