Se a própria
Constituição Federal reza que qualquer cidadão brasileiro, a partir de certa
idade, tem o direito de pleitear e concorrer ao cargo maior do Poder Executivo –
a Presidência da República – evidentemente que, em se tratando dos “Estados” e “Cidades”
que compõem a “República”, qualquer cidadão também se acha habilitado a
concorrer aos cargos de Governador e Prefeito, respectivamente.
Pois bem, Raimundo
Bezerra Filho foi, durante quase todo o período (08 anos) em que a cidade do
Crato foi comandada pelo atual chefe do Executivo, um vice-prefeito fiel,
obediente, leal, operante e discreto, porquanto alimentava o sonho de um dia
dirigir a cidade que o pai houvera dirigido anos atrás.
Mas, aí, com a
proximidade do fim do mandato e a chegada do período legal de indicar para o
cargo alguém de confiança para concorrer à sua sucessão, o prefeito da cidade
houve por bem, certamente que depois de consultado o “grupo palaciano”
(familiares e pessoas mais próximas), isolar de vez, dá um chega pra lá no seu
vice, Raimundo Bezerra Filho, num sinal claro de que ele não fazia parte dos seus
planos, não merecia sua confiança.
Traído
espetacularmente, Raimundo Bezerra Filho não se fez de rogado e, deixando de
lado a discrição e o recato, saiu atirando pra todos os lados: que nunca
houvera sido consultado sobre se desejava ou não concorrer, que houvera sido
vítima de uma traição inominável, que existia na administração um “grupo
familiar” que não admitia largar o osso em hipótese alguma e, enfim, que se
sentia traído por aquele a quem tanto fora fiel.
Hoje, Raimundo Bezerra
Filho prepara-se para retornar ao cargo de vice-prefeito da cidade, já que compôs
a chapa vitoriosa. Deve estar se sentindo muito bem e à vontade, já que o seu superior
hierárquico, prefeito eleito da cidade, Ronaldo da Cerâmica, lá atrás houvera
abandonado o partido do Prefeito (PSDB) por falta de espaço.
Como se vê, a traição
em dose dupla foi vingada também duplamente. Além do que, a “visão futurista”
do atual prefeito ficou por demais comprometida, evidenciando o “porquê” do
Crato ter ido ao fundo do poço e se achar na situação caótica em que se
encontra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário