por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 13 de outubro de 2012

Eleições do Crato (Final) - José Nilton Mariano Saraiva



No interstício entre a fase crepuscular de 2011 e o alvorecer de 2012, a Prefeitura do Crato pagou exorbitantes R$ 560.000,00 (quinhentos e sessenta mil reais), divididos em 04 parcelas de R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil reais) mensais e sucessivas (quitadas integralmente), a uma inexpressiva empresa, aqui de Fortaleza, a fim que essa elaborasse o Edital e aplicasse as provas de um concurso público objetivando a admissão de cerca de 320 novos funcionários para a Prefeitura da cidade.
O fato causou estupor, porquanto faltando poucos meses para o final do mandato do chefe da edilidade, de par com a constatação de que meses antes essa mesma Prefeitura houvera demitido, às vésperas de um final de ano, sem choro nem vela, igual número de pessoas, sob a argumentação de “enxugar” a folha de pagamento da máquina municipal.
Mais de 10.000 candidatos se inscreveram e, em razão do suspeito e estranho baixíssimo nível das avaliações, os aprovados ultrapassaram, em muito, o número de vagas estipuladas, ensejando a formação de um ilusório “banco de reservas”, que seriam convocados à medida das necessidades futuras.
Outrossim, não se constitui nenhum segredo que, sob o guarda-chuva da Prefeitura do Crato e suas secretarias, se acham vinculadas milhares e milhares de pessoas, normalmente indicadas por políticos e/ou via empresas terceirizadas (supõe-se, até, que se houvesse necessidade de se fazerem presente aos órgãos às quais se acham vinculadas haveria o risco de não se ter onde abrigá-las).
E é aí onde se explica a pressa da Prefeitura do Crato em realizar o tal concurso, bem como o porque do “baixo nível” das provas aplicadas: permitir que os “terceirizados” (a maioria indicados por políticos) sejam efetivados nas respectivas funções, antes que o chefe entregue o bastão e se mande.
Urge, pois, que o novo ocupante do paço municipal tenha como primeira providência a contratação imediata de uma auditoria independente a fim de abrir imediatamente a “caixa-preta” existente no setor de Recursos Humanos do município; afinal, em nome da transparência que deve nortear o serviço público, os cratenses querem saber: a) quantas são as pessoas vinculadas à prefeitura e suas secretarias ??? b) existe mesmo gente que por lá só aparece no final do mês, a fim de receber a grana ???  

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