Cantada por José Mojica Jurame (1884-1951) da compositora mexicana Maria Grever, a primeira grande personagem feminina internacional daquele país. Estudou na Espanha e em Paris foi aluna de Debussy e Franz Lenhard. Com o registro de Maria Joaquina de la Portilla Torres, recebeu o sobrenome Grever por ter se casado em Nova York onde morou a maior parte de sua vida. Compôs grandes sucessos da música latina, fez banda sonora para o cinema americano, inclusive operetas. Maria Grever compôs entre outras canções conhecidas Muñequita Linda, Alma Mia, Despedida entre outras. Este Jurame foi um dos seus primeiros sucesso e foi gravado na ocasião pelo desconhecido José Mojica. Em visita ao México a puseram em contato com o ainda jovem Agustin Lara, ficaram uma tarde de animada conversa e quando ela saiu, ele se deu conta de um bilhete que discretamente ela havia deixado: : “De todas las canciones mexicanas que llegaron a Nueva York, inconscientemente elegí sólo cinco de entre ochenta de ellas y fue una sorpresa ver que eran todas del mismo autor: Agustín Lara. Es mi convicción que tienes un gran porvenir, pues tu inspiración es purísima y espontánea. No tardarás mucho en ser una gloria nacional”.
Socorro Moreira postou um vídeo com Solamente una Vez de Agustin Lara. Uma das grandes canções do século XX. Grandes intérpretes a gravaram: Nat King Cole, Julio Iglesias, Plácido Domingo, Andrea Bocelli, Luiz Miguel, Trio los Panchos, Sarita Montiel, Javier Sollis, Pedro Vargas, Roberto Carlos, Nana Caymmi e posso seguir por mais cinquenta ou mais nomes.
Solamente una vez / Ame en la vida / Solamente una vez /
Y nada mas. A música foi dedicada por Agustin Lara ao cantor lírico e popular, artista de cinema e uma das grandes figuras do século XX Mexicano. José Mojica. A ele Agustin Lara dedicou Solamente uma vez.
Mojica surgiu no cinema americano na metade do século XX quando a indústria cinematográfica necessitava de artistas latinos para o emergente mercado. Fazia carreira lírica entre a ópera de Nova York, Chicago e Los Angeles.
Foi contratado pelos estúdios e atuou em diversos filmes, entre os quais um que pretendia ser a sua biografia.
José Mojica, apesar de cultuado e bonito, não teve grandes amores. Não era uma figura a fazer parte nos amores de devaneios da época de ouro de Hollywood. E quando Agustin Lara lhe dedica esta canção do amor único logo tendemos a pensar nela como uma história singular do homenageado.
Era muito ligado à mãe. Ela esteve na companhia do artista a vida toda. Tinha um peso enorme na personalidade dele. Quando morreu ele ficou desesperado a ponto de praticamente abandonar a carreira artística e a se recolher num mosteiro franciscano no Peru.
Ali se tornou monge até a sua morte. O túmulo dele é considerado um lugar de veneração de fieis.
José Mojica tinha sucesso no Brasil e de tal forma sua história transitava pelo país que na inauguração da primeira televisão brasileira, a Tupi de São Paulo foi ele quem celebrou a missa inaugural e cantou ao vivo para o público presente diante das câmaras da televisão que começava sua transmissão.
Um comentário:
Vc sabe o quanto gosto destes textos musicais, poéticos...!
Parece que eles entram na minha alma e passam a fazer parte da minha história.
Essa música é belíssima!
Obrigada por tanto nos acrescentar.
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