aconchego dos teus versos
Como sustância do dia
Injetei o sabor da tua melodia
Nas veias borbulhantes que me destes
Do riso que tirastes da face seca
Fez tambor para batucar
em olhinhos
Chuvosos de alegria
Cantoria de terreiro
Brotando poesia
Alumiando o destino guerreiro.
Alexandre Lucas
Como sustância do dia
Injetei o sabor da tua melodia
Nas veias borbulhantes que me destes
Do riso que tirastes da face seca
Fez tambor para batucar
em olhinhos
Chuvosos de alegria
Cantoria de terreiro
Brotando poesia
Alumiando o destino guerreiro.
Alexandre Lucas
E o vento veio forte
Como que quisesse me abraça a terra
o sonho acelerou o medo
disse que era Oxossi
com a força da floresta
nem sei o que é Oxossi
mas sei que é diferente de oxe
no meio da madrugada tua voz foi minha água
minha massagem de alma
e a musica de ninar
que faz o sonho chegar.
Alexandre Lucas
Como que quisesse me abraça a terra
o sonho acelerou o medo
disse que era Oxossi
com a força da floresta
nem sei o que é Oxossi
mas sei que é diferente de oxe
no meio da madrugada tua voz foi minha água
minha massagem de alma
e a musica de ninar
que faz o sonho chegar.
Alexandre Lucas
Escolhi quebrar as estruturas
E estourar as bolhas
Nas quais eu me guardava
Dançar com o fogo
Para ressuscitar a alma
Visitar os bosques
Conhecer os cheiros
E apreciar as estéticas florais
Aprender com o toque que afaga
E com a distância que aperta.
Alexandre Lucas
E estourar as bolhas
Nas quais eu me guardava
Dançar com o fogo
Para ressuscitar a alma
Visitar os bosques
Conhecer os cheiros
E apreciar as estéticas florais
Aprender com o toque que afaga
E com a distância que aperta.
Alexandre Lucas
Nega-índia
Mestiça
Misturada de saberes
Mandingueira e caboclinha
Meu rosário, cobertor e linha
Frivião de carinhos
Alimento de ternura
Cultivo de culturas
Alinhamentos
Que fazem ninhos.
Alexandre Lucas
Mestiça
Misturada de saberes
Mandingueira e caboclinha
Meu rosário, cobertor e linha
Frivião de carinhos
Alimento de ternura
Cultivo de culturas
Alinhamentos
Que fazem ninhos.
Alexandre Lucas
Quando a saudade bate
E o desejo sacode a alma
Emendo a distância com a presença da lembrança
E monto no lombo das palavras
Para chegar de longe
Como sino de capela
Subtraio os dedos para encurtar os dias
Para nos fazemos jardim poesia.
Alexandre Lucas
E o desejo sacode a alma
Emendo a distância com a presença da lembrança
E monto no lombo das palavras
Para chegar de longe
Como sino de capela
Subtraio os dedos para encurtar os dias
Para nos fazemos jardim poesia.
Alexandre Lucas
O café chegou cedinho
Adoçado com doce de palavras
Com gosto de abraço quentinho
Veio na ginga angolana
com faca amolada
para fechar o corpo
e abrir a encruzilhada
Alexandre Lucas
Adoçado com doce de palavras
Com gosto de abraço quentinho
Veio na ginga angolana
com faca amolada
para fechar o corpo
e abrir a encruzilhada
Alexandre Lucas
Entre rios e mares
Somos águas
Que se fazem versos
Para professar desejos
Levamos pedras e desfazemos barreiras
para recompomos o nosso itinerário
que deve ter o cheirinho do aconchego de criança
e os batuques de um sonho libertário.
Alexandre Lucas
Somos águas
Que se fazem versos
Para professar desejos
Levamos pedras e desfazemos barreiras
para recompomos o nosso itinerário
que deve ter o cheirinho do aconchego de criança
e os batuques de um sonho libertário.
Alexandre Lucas
O poema vida
Embrulhou-se nos lençóis de sonhos
Fez vinda e ida
Fez trincheira e guarita
Saiu pedalando sobre as nuvens
E dançando coco em cima do sol
O poema vida é assim mesmo
Andarilho e guerreiro
Traquino, inesperado
Que sai dobrando vidro
e perfumando os caminhos com lavanda de primavera.
Alexandre Lucas
Embrulhou-se nos lençóis de sonhos
Fez vinda e ida
Fez trincheira e guarita
Saiu pedalando sobre as nuvens
E dançando coco em cima do sol
O poema vida é assim mesmo
Andarilho e guerreiro
Traquino, inesperado
Que sai dobrando vidro
e perfumando os caminhos com lavanda de primavera.
Alexandre Lucas
Que venha a guerrilheira com seus molotovs de ternura
Com sua artilharia de revolução
Com seu traquejo assanhado
Com seu batuque afinado
Para festejar o coração
Que venha de Catirina
Para brincar no terreiro
E levantar purina
Que venha com asas libertárias
Para debulhar os céus
E cambalhotear
Num mar e sacolejar os véus.
Alexandre Lucas
Com sua artilharia de revolução
Com seu traquejo assanhado
Com seu batuque afinado
Para festejar o coração
Que venha de Catirina
Para brincar no terreiro
E levantar purina
Que venha com asas libertárias
Para debulhar os céus
E cambalhotear
Num mar e sacolejar os véus.
Alexandre Lucas
O poeta joga a parede de concreto
Cacos, traços e poeira se espalham
E a alfaia anuncia a morte adulterada da verdade
E a poesia se refaz assanhada e doce
Inquieta e guardiã
Nas brechas do asfalto do coração
Brota cheiro, flor e canção
Cumplicidade, lealdade e liberdade
E um jarrinho de saudade
Esperando o calor do teu compasso
E a água do teu abraço.
Alexandre Lucas
Cacos, traços e poeira se espalham
E a alfaia anuncia a morte adulterada da verdade
E a poesia se refaz assanhada e doce
Inquieta e guardiã
Nas brechas do asfalto do coração
Brota cheiro, flor e canção
Cumplicidade, lealdade e liberdade
E um jarrinho de saudade
Esperando o calor do teu compasso
E a água do teu abraço.
Alexandre Lucas
Estou
em dilúvio de ternura
Saciando da maça de uma nova aurora
Compondo
mistura
Num
guisado instigado
De
um tempero aprovado
Com
perfume encantado
Sigo
alumiado
O
rastro enfeitiçado
Que
me embrulha para os teus braços.
Alexandre
Lucas
Rasgo-me de felicidade
Quando tem tempestade de flores
E frutos de palavras doces
Nado como golfinho
Nos teus mares de prazer
Trago o teu cheiro impregnado nos meus sonhos
e o teu olhar massageando o meu.
Quando tem tempestade de flores
E frutos de palavras doces
Nado como golfinho
Nos teus mares de prazer
Trago o teu cheiro impregnado nos meus sonhos
e o teu olhar massageando o meu.
Alexandre Lucas
Queria um buquê de mãos
Para cheirar e sentir
A companhia catirina e companheira
O gingado de olhos
E o canto indecifrável de prazer
Depois queria o aconchego da luta,
O carinho das palavras
e um carrossel de sonhos.
Alexandre Lucas
Para cheirar e sentir
A companhia catirina e companheira
O gingado de olhos
E o canto indecifrável de prazer
Depois queria o aconchego da luta,
O carinho das palavras
e um carrossel de sonhos.
Alexandre Lucas
Teus
versos
Engatilharam
tiros
E
dispararam sabores
E
atrevido
Coloquei-me
estendido
No
centro do alvo
Intensamente
aberto
Prazerosamente
perfurável
E
coloridamente florido
Para
receber o alvejar das tuas balas
E
o despertar de um coração adormecido.
Alexandre
Lucas
E
as roupas se espalharam
Enquanto
os corpos se unificavam
E
mãos se transbordavam em tochas de
prazer
Tecendo
orações e ladainhas de desejos
Em
louvor de santa Eva
A
bendita pecadora
Dos
infinitos livramentos
que com sua boca deliciosa
nos
ensinou todos os mandamentos.
Alexandre
Lucas
O
meu tempero tem gostinho
De
sabor irreconhecível
Tem
cheiro de floresta
e som de neblina, cantoria de trovão.
Tem
feitiço, mandinga e revolução
Tem
o preparo em panela de nuvens
Para
ninar a alma com versinhos de céus.
Alexandre
Lucas
O artista toca fogo no sol
Incendeia os mares
Desenha uma maçã, pinta de azul e come
Veste um paletó de nudez
E arregalas os olhos
Escancara desesperadamente um sorriso
Faz cara de triste
Senta no vaso sanitário e canta alegremente
Toma banho de chocolate
Acorrenta-se com um rosário
e diz isso não é normal.
Alexandre Lucas
Incendeia os mares
Desenha uma maçã, pinta de azul e come
Veste um paletó de nudez
E arregalas os olhos
Escancara desesperadamente um sorriso
Faz cara de triste
Senta no vaso sanitário e canta alegremente
Toma banho de chocolate
Acorrenta-se com um rosário
e diz isso não é normal.
Alexandre Lucas
Perseguirei os sonhos
De jeito intenso
Como os raios solares
Buscarei atingir a lua
E o brilho caleidoscópico das estrelas
Hoje sou fábrica de desejos
Fabrico a vida
Com o toque dos nossos sonhos
Alexandre Lucas
De jeito intenso
Como os raios solares
Buscarei atingir a lua
E o brilho caleidoscópico das estrelas
Hoje sou fábrica de desejos
Fabrico a vida
Com o toque dos nossos sonhos
Alexandre Lucas
Queria um buquê de mãos
Para cheirar e sentir
A companhia catirina e companheira
O gingado de olhos
E o canto indecifrável de prazer
Depois queria o aconchego da luta,
O carinho das palavras
e um carrossel de sonhos.
Alexandre Lucas
Para cheirar e sentir
A companhia catirina e companheira
O gingado de olhos
E o canto indecifrável de prazer
Depois queria o aconchego da luta,
O carinho das palavras
e um carrossel de sonhos.
Alexandre Lucas
Nega dos maracás e das alfaias
dos tambores encantados
que benze meus desejos
com teus acalentos sonoros
meu som avexado
e meu canto de ninar
Mulher dos toques e batuques
Que faz meu pensamento dançar...
Alexandre Lucas
dos tambores encantados
que benze meus desejos
com teus acalentos sonoros
meu som avexado
e meu canto de ninar
Mulher dos toques e batuques
Que faz meu pensamento dançar...
Alexandre Lucas
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