Foi há 164 anos que ela nasceu, recebendo o nome de Francisca Maria Edwiges Gonzaga. Era o dia 17 de outubro de 1847. Foi aqui mesmo, no Rio de Janeiro, filha de José Basileu e uma mestiça de nome Maria. Apenas isso: Maria. Pois foi essa Maria que trouxe ao mundo um talento conhecido como CHIQUINHA GONZAGA.
Uma mulher maravilhosa que não deu “bola” aos preconceitos da época e abriu as portas para um mundo abençoado por suas músicas e peças teatrais.
Casaram-na aos 16 anos , como era hábito então , mas ela não nascera para o casamento; mesmo assim teve três filhos (ainda não se inventara a pílula). Como não era a vida que desejava, abandonou seus filhos, ficando com o mais velho, de nome João Gualberto. Este, em 1920, embora não fosse músico, mas sendo filho de quem era, criou a gravadora “Popular”, para concorrer com os “Discos da Casa Edson-Rio de Janeiro” , que dominavam o mercado da época. Nessa gravadora, Francisco Alves, então iniciando sua carreira , gravou seus primeiros discos.
Tentando ingressar no meio teatral, Chiquinha produziu duas peças:”Penhasco" e "Festa de São João”. Foram rejeitadas, por terem sido escritas por uma mulher. Só que era uma mulher de fibra e não se intimidou. Assim, em 1885, com uma nova peça de nome “A Corte na Roça” estreou no meio antes hostil, especialmente masculino, mas que reconheceu seu talento.
As “dondocas” hipócritas de seu tempo, provavelmente as invejavam por sua coragem, mas não se misturavam com uma mulher separada e que
depois teve amantes.
Foi com Antônio Calado e seus “chorões” que ela se relacionava profissionalmente.
Essa mulher maravilhosa escreveu um bonito tango brasileiro (como eram comuns) de nome “Lua Branca”, que não é nada mais que uma seresta que, posteriormente, recebeu uma letra de Luiz Peixoto e ainda hoje é um dos hinos de nossos seresteiros.
Luiz Peixoto foi também seu patrono em uma “burleta” de nome “Forrobodó”, escrita em 1912.
Norma
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