por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 24 de setembro de 2011

Gilda Abreu- por Norma Hauer




Foi em Paris que GILDA DE ABREU nasceu, no dia 23 de setembro de 1904, filha de pais brasileiros (a mãe era uma cantora de nome Nícia Silva, bastante conhecida na época e que fora se apresentar em Paris.)
Registrada no Consulado Brasileiro, veio ainda pequena para o Brasil. Sendo filha de uma cantora lírica, era natural que desde pequena vivesse no meio teatral, despertando assim o gosto pela música.
Estreou no Teatro Recreio, ali próximo à Praça Tiradentes, apresentando a peça de Luis Iglesias e Miguel Santos "A Canção Brasileira".

Em 1935 estreou no cinema com "Bonequinha de Seda", apresentando uma música que fez muito sucesso :
Boneca de pano escondia
Um coração sonhador
O destino lhe deu um certo dia,
Um lindo sonho de amor
Mas descobriu ser engano
Pois tudo fora ilusão.
Uma boneca de pano
Não pode ter coração...”

Tendo, em 1920, conhecido o cantor Vicente Celestino, com ele se casou em 1933, formando uma dupla de cantores que, dentre outras melodias, gravaram "Ouvindo-te" na qual ela fazia a contra-voz.

Acompanhando a carreira de Vicente, dirigiu-o em dois filmes baseados em letras de suas composições: "O Ébrio", um dos maiores sucessos do cinema brasileiro de então (1946), e que, ainda hoje, é considerado uma das maiores bilheterias do cinema nacional.
Dirigiu ainda , Vicente em "Coração Materno", tanto no cinema como na peça teatral de mesmo nome. Foi, nesta peça, também, protagonista.

Gilda no total participou de 6 filmes, três como atriz e 3 como diretora.

Após a morte de Vicente, Gilda tornou a casar-se com uma pessoa bem mais nova (José Spinto) metido a cantor, que ficou com todo o acervo de Vicente , doando parte para o Museu Vicente Celestino, que funciona em Conservatória.

GILDA DE ABREU faleceu em 6 de junho de 1979, aqui no Rio da Janeiro, aos 75 anos.


Norma

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