por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
quinta-feira, 30 de junho de 2011
As Contradições Nacionais: Os Casos da Antropologia e da Saúde Pública - José do Vale Pinheiro Feitosa
Os bancos e a ética, segundo Camdessus - Mauro Santayana
por socorro moreira
Lançamento de Livro - Show


Estaremos lançando, na próxima Quinta-Feira, dia 07 de Julho , no Cine Teatro Moderno, aqui em Crato, o livro : "O Mistério das 13 Portas no Castelo Encantado da Ponte Fantástica" de J. Flávio Vieira e Ilustrações de Reginaldo Farias. O livro engenhosamente faz uma tessitura dos mitos caririenses e acompanha um CD com 15 Músicas e um Audio-Livro com a narração da história. O Projeto foi vencedor do I Prêmio Rachel de Queiroz da SECULT. No evento teremos um Show com a presença de vários músicos e compositores cearenses que participaram do Projeto : Luiz Carlos Salatiel, Lifanco, Ibbertson Nobre, Luiz Fidelis, Pachelly Jamacaru, Amélia Coelho, Ulisses Germano, Zé Nilton Figueiredo, João do Crato, Leninha Linard, Abidoral Jamacaru e muitos outros.
Dia- 07/07/2011 (Quinta)
Local- Cine Teatro Moderno ( Crato)
Hora- 19 H
Entrada Franca
Todos Lá !
Apoio : Secult, Governo do Ceará, Urca, Geo Park, Secretaria de Cultura do Crato, Unimed Cariri, OCA
Primeiras Chuvas - Por José Nerwton Alves de Sousa
Por Lupeu Lacerda
E que deus me livre dos livros
Que a fascinação não me fascine
Que o belo passe batido
E o comum se dilua
No liquidificador de merda
E ração adocicada.
E que deus me livre da lombra
Da imagem irreal
Do mantra do vento nas árvores
E que deus me livre da preguiça
Do cio e do ócio
Das fotografias de sebastião salgado
E que deus me livre das gargalhadas
Da sensação de chuva no rosto
Da brisa na madrugada
E que deus, em sua suprema bondade
Me livre dos livres
E aumente um elo
Na corrente que prende meu pé.
por lupeu lacerda
PAULO SOLEDADE- por Norma Hauer
PROGRAÇÃO DA EXPOCRATO - PERDÍVEL
Domingo 10/07 - LEO MAGALHAES, ITALO E RENNO, GERALDIN LINS E AMIGOS SERTANEJOS.
Segunda 11/07 - SORRISO MAROTO, DORGIVAL DANTAS E MALA MANSA.
Terça 12/07 - POUCA VOGAL, AXE MEU REI.
Quarta 13/07 - EXALTASAMBA, MAGNIFICOS, FORRO DA XETA E FORRO DE LUXO.
Quinta 14/07 - ASA DE AGUIA, FORRÓ DI TAIPA, CURTIÇAO E FURACÃO DO FORRÓ.
Sexta 15/07 - AVIOES, FORRÓ DO MUIDO, SOLTEIROS E KOKITEL DO FORRÓ.
Sabado 16/07 - GAROTA, CAPIM CUBANO, CALYPSON, ALA URSA.
Domingo 17/07 - BRUNO E MARRONE, ARREIO DE OURO E FORRO DA PEGAÇAO.
PS. MUITO PROVAVELMENTE RONALDINHO GAUCHO IRÁ APARECER PARA FALAR SOBRE A MEDALHA MACHADO DE ASSIS QUE ELE RECEBEU DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS.
Tudo muda - Emerson Monteiro

PEDRO RAIMUNDO- por Norma Hauer
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Um nonsense de senso - José do Vale Pinheiro Feitosa
VICTORIO MICHELETTI
Victorio Micheletti, um artista anônimo
Por José Carlos Mendes Brandão
Admirável a disposição de Pipol para divulgar a arte e, agora, este artista anônimo, Victorio Micheletti, tão anônimo que sua própria sobrinha não sabia dessa sua atividade “secreta”. Acontece que a arte é um fenômeno cultural: não é por sua qualidade, mas pela influência ou aceitação num contexto social que o artista se torna conhecido.
Pipol começa por nos mostrar Victorio dando uma lição de como fotografar. Afirma categórico esta verdade basilar: fotografia é luz. Lembra-nos o princípio do fotocentrismo, de como as plantas procuram a luz como se fosse toda a fonte da vida, para em seguida mostrar-nos que a contraluz tem mais profundidade que a luz chapada. Este seria o princípio da fotografia.
Depois vemos Victorio visitando a exposição de Henri Cartier-Bresson e apreciando com a ingenuidade e o encanto de uma criança a arte do grande mestre da fotografia, desconhecido para ele. Encantou-se com a arte de Cartier-Bresson, com ingenuidade, e com ingenuidade criticou-o como a um igual.
Bonito ver Victorio falar do “erro” de Cartier-Bresson num enquadramento, numa sombra fora de lugar. Pergunta-se o que o autor quereria dizer com isto ou aquilo. Um menino de bicicleta e seu reflexo no espelho d’água, uma tomada genial – mas havia um outro menino cortado, que Victorio diz que faria par com o primeiro, como se condenando essa falha do mestre (que ele não sabia ser um mestre). Em outra foto, deixaria mais espaço à frente. Em outra... Em muitas, a admiração sincera de quem admira por convicção e não por um julgamento preconcebido.
Lembro-me, isso faz uns quarenta anos, era o auge do formalismo/estruturalismo, que ditava as regras da arte... Ouvi comentar de artistas portugueses (os portugueses são inteligentíssimos) que “não sabem, mas fazem”. É o caso de Victorio: não encaixa a sua arte num esquema preconcebido. Como se estivesse criando sem saber, ignorante das diretrizes da criação. Já me disseram que eu falo mal dos professores – mas eu sou um professor! – quando o meu problema é a arte presa a trilhos de ferro ou aço, não se podendo criar de outra maneira para ser aceito. O que eu defendo é a arte dos anônimos – que poderiam ser grandes mestres! – como Victorio Micheletti.
As últimas imagens do filme levam-nos a pensar em um mestre da fotografia. É a limpidez, a luz e as sombras realçando-a, o enquadramento, a profundidade. Por que Victorio Micheletti era um artista anônimo? Pelo motivo que eu levantei de início: faltou a necessidade cultural de sua fotografia, que ela representasse seu tempo, que ela projetasse seu tempo para o futuro. Faltou um élan social que o projetasse no seu tempo tornando a sua obra necessária.
Nem quero advogar um maior reconhecimento para a obra que Victorio Micheletti nos deixou de herança, ao partir agora (7-3-11) deste mundo. O reconhecimento é necessário em vida. As suas fotos têm um peso específico que era preciso ter sido sentido. O mundo fica maior com a obra de um artista. Victorio, o homem da luz, poderia ter-nos iluminado mais.
Por fim um voto de louvor a Pipol, por seu trabalho de divulgação da arte que nem todos veem. Pipol começou o seu trabalho com a câmera aqui em Bauru, lá pela década de 80, filmando as andanças de um monstro de metal pelo centro da cidade ou a sua indefectível lambreta capenga atrapalhando o pouco trânsito da época. Era a arte gratuita, por ela mesma, como deve ser. Depois foi para São Paulo, profissionalizou-se e realiza um trabalho limpo com as imagens, tirando do limbo gente e ideias que são necessárias e nem sempre chegam a todos.
É preciso ver e rever: www.cronopios.com.br/voltar17
* * *
Os primeiros dias são sempre mais difíceis - por Lupeu Lacerda
Hermann Hesse
Por Nicodemos
pares...
parecidos...
parceiros da Beleza,
"primo da morte, e da morte vencedor"
assim como o Amor...
primos entre si, primos entre nós...
nós que atamos e desatamos
ao prazer dos encontros...
e são tantos...
Por João Nicodemos...
que "já passou" sabendo que
não passa, não passou...
é sempre o mesmo amor
mudando de endereço
mudando de nome
mudando de praça
sempre o mesmo amor
que não passa
não passou...
faz-me rir...
ha ha ha
não passou
nem vai passar...
terça-feira, 28 de junho de 2011
Por Aloísio
Chico Buarque é meu irmão quando diz:
“Madalena foi pro mar
E eu fiquei a ver navios.
Além de tudo
Me deixou mudo
Um violão.
Se todo mundo sambasse,
Seria tão fácil viver.
Logo Eu?
Meu tataravô baiano.
Mas nem as sutis melodias
Merecem, Cecília, teu nome
Te olho
Te guardo
Te sigo
Te vejo dormir.
Luz, quero luz.
E um dia, afinal
Tinham direito a uma alegria fugaz.
Sei que além das cortinas
São palcos azuis.
A todo o pessoal.
Adeus.
E coerentemente assino embaixo”.
Aloísio
Reler a Poesia de Bandeira e Reencontrar a Estrela: A Poesia - Por Stela Siebra Brito
A furta cor de um dia- por Marcos Vinícius Leonel
Brincando como Zé - por Socorro Moreira
BIDU REIS - por Norma Hauer
O êxito como valor de vida - José do Vale Pinheiro Feitosa
Por mais que a ventriloquia dos seguidores de Kátia de Abreu repitam, vender commodities é muito bom para o jogo de capitais, não necessariamente para as pessoas reais. Uma frase escrita por Ignacy Sachs falando sobre as medidas para a segurança alimentar mundial traduz tudo: consolidação de práticas agrícolas socialmente inclusivas e ambientalmente sustentáveis, especialmente da agricultura familiar. Aliás, a contribuição brasileira para o assunto da fome mundial é relevante ao contrário do papel de latifundiários podres de ricos: Josué de Castro é um marco civilizatório para as políticas mundiais. O “Fome Zero” do governo federal tomou assento na FAO e o Brasil continuará a marcar pontos no assunto.
Não tem como negar: os brasileiros passam por um momento de otimismo comparável a outro momento de sua história quando do governo Juscelino Kubistchek. A construção de Brasília, sua arquitetura, a Bossa Nova, o protagonismo do cinema nacional, marcaram muito bem a época. Recente pesquisa entre 147 países demonstra que os brasileiros são os mais otimistas entre todos os países analisados.
Qual a Brasília que se construiu neste atual momento? No planalto central da inexpugnável desigualdade social e econômico construiu-se o mais eficiente programa de redução da desigualdade entre os países emergentes. Não se lembrem dos países centrais, neste a desigualdade não era a questão, só poderemos ser comparados com outros de desigualdades acentuadas como o nosso. A renda per capita do brasileiro cresceu 1,8 pontos percentuais acima da expansão do PIB (Produto Interno Bruto) muito superior aos demais.
A inflação cai. O país cresce. Vira referência para outros povos e alegria frente ao sofrimento de outros. A nossa cultura continua rica e diversificada. Somos protagonistas nas novas redes sociais mundiais. E a Presidenta Dilma acaba de anunciar frente a quinhentos jovens ganhadores de medalhas nas Olimpíadas de Matemática, da qual participaram 20 milhões de jovens, um ambicioso programa de 70 mil bolsas de estudos para brasileiros nas melhores universidades do mundo. As bolsas serão para jovens em estudos de graduação e pós-graduação.
O importante de tudo: o governo brasileiro acompanha o desenvolvimento escolar de milhares de jovens com potencial de servir para uma destas bolsas. Aliás os jovens vencedores das Olimpíadas já estão recebendo uma pequena bolsa da CAPES/CNpQ para desenvolvimento em pesquisa.
Noite de São Pedro !
É hoje o finzinho das festas juninas. Mas esse tempo festivo não se cansa de dançar.Ainda queremos noites estreladas, balões encantados, comida de milho e o forrozim nordestino.
São Pedro em Caririaçu ainda haverá?
São Pedro na AABB do Crato...Quando voltará?
Sopro cinzas no imaginário, arremesso gravetos na brasa...Detono uns foguetes inocentes, como chuvinha, e canto São Pedro, pras alegrias perdurarem.
Fujo de achar que cresci... Bianca e Sofia me ensinam a sorrir!
Poema que virou canção
Caetano Veloso
Composição: Haroldo de Campos
Circuladô de fulô ao deus ao demodará que deus te guie
Porque eu não posso guiá e viva quem já me deu circuladô
De fulô e ainda quem falta me dá soando como um shamisen
E feito apenas com um arame tenso um cabo e uma lata
Velha num fim de festafeira no pino do sol a pino mas para
Outros não existia aquela música não podia porque não
Podia popular aquela música se não canta não é popular
Se não afina não tintina não tarantina e no entanto puxada
Na tripa da miséria na tripa tensa da mais megera miséria
Física e doendo doendo como um prego na palma da mão
Um ferrugem prego cego na palma espalma da mão
Coração exposto como um nervo tenso retenso um renegro
Prego cego durando na palma polpa da mão ao sol
Circuladô de fulô ao deus ao demodará que deus te guie
Porque eu não posso guiá e viva quem já me deu circuladô
De fulô e ainda quem falta me dá
O povo é o inventalínguas na malícia da maestria no matreiro
Da maravilha no visgo do improviso tenteando a travessia
Azeitava o eixo do sol
Circuladô de fulô ao deus ao demodará que deus te guie
Porque eu não posso guiá e viva quem já me deu circuladô
De fulô e ainda quem falta me dá
E não peça que eu te guie não peça despeça que eu te guie
Desguie que eu te peça promessa que eu te fie me deixe me
Esqueça me largue me desamargue que no fim eu acerto
Que no fim eu reverto que no fim eu conserto e para o fim
Me reservo e se verá que estou certo e se verá que tem jeito
E se verá que está feito que pelo torto fiz direito que quem
Faz cesto faz cento se não guio não lamento pois o mestre
Que me ensinou já não dá ensinamento
Circuladô de fulô ao deus ao demodará que deus te guie
Porque eu não posso guiá eviva quem já me deu circuladô
De fulô e ainda quem falta me dá
Procure Uma Estrela
Quando a vida parece não vale a pena ser vivida
E você realmente não se importa quem seja
Quando você se sentir não há ninguém ao seu lado
Procure uma estrela
Quando você sabe que está sozinho e tão solitário
E os seus amigos viajaram para longe
Há alguém esperando para te guiar
Procure uma estrela
Todo o mundo tem sempre uma estrela da sorte
Que brilha lá no céu
Se você faz um desejo para uma estrela da sorte
Você provavelmente encontrará alguém para amar
Um homem rico, homem pobre, um mendigo
Não importa quem você seja
Há uma amiga que está esperando para guiá-lo
Procure uma estrela
Um homem rico, homem pobre, um mendigo
Não importa quem você é
Há uma amiga que está esperando para guiá-lo
Procure uma estrela
Procure uma estrela
Garota, procure uma estrela
O tempo-Por: Rosemary Borges Xavier
Eu também sou filho do Chico Buarque. (João Nicodemos)
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Duas Noites São Teus Lindos Olhos - José do Vale Pinheiro Feitosa
Ao ranger da madeira da carroceria,
Do sólido caminhão na rodagem do "Salitre".
Rodando pelo infinito,
Na maciez das vozes destas mulheres,
Românticas qual esta abóbada estrelada.
Leninha,
Tão carne e osso,
Coro da permanência.
Jamais um instante,
Será tão real,
Como tuas vozes,
Ecoando dentro de mim:
"Duas noites são teus lindos olhos....
Onde estrelas estão a brilhar..."
O Livro do AZUL SONHADO
Do baú de Stela Siebra Brito
Metafísica é para isso?
Sei mais falar do que me fere
daquilo que me atormenta
me amedronta
me encurrala me açoita me violenta
Sei mais falar do silêncio
das palavras malditas
incontidas
encurtadas
invertidas
Sei mais falar do meu avesso
atravessado na garganta
sei mais falar do que me cala
e me mata.
No entanto vem o vento
e ultrapasso o desvão da memória humana:
um homem passa de bicicleta
escuto o barulho do mar
cai uma chuvinha fina fria
encharca minha alma
me lava.
Renasço.