Acho sincero o silêncio do amor não declarado.Por mais sutil que seja a sentença, ele considera o imponderável.
O amor decantado vive da própria essência e prolifera num habitat especial , paralelo à realidade.
Ele é incerto, sendo unilateral.
Ele é completo no percurso das heras.Ele não vive na espreita, sabe a falta do encalço.Não posso condena-lo, se o campo é imaginário.Meu juízo perdoa a falta de reciprocidade.Levianamente extrapolo em palavras, e deito no rio dos sentimentos as pedras que nos separam. Permeia águas correntes, que deslizam, nos mares dos prazeres.Unificar o amor é objetivo perene.Objetivo maior é deixa-lo livre, corrente que circunda os fios interiores.
Quando um dia passar, vou entender que foi vivido, no fórum da eternidade.
Macacos me mordam, corujas guardem os meu segredo...Meu amor é crédito, sem cartão de saque.
É previdência , na providência do vazio, quando se instala.
Nada trágico. Tudo dentro do previsto mensal. E assim os anos e ânimos se sucedem. Começou em janeiro de um ano infindo.
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