O CEGO E O ALEIJADO
(por Ulisses Germano)
Dois homens solitários, um cego e um aleijado, viviam no topo da Chapada do Araripe. Separados por uma cerca de arame farpado, eles alimentavam uma individualidade suprema: ninguém se falava. O cego e o seu cajado, o alejado e sua muleta viviam no mais puro estada de indiferença.
No mes de dezembro, em meio a uma enorme estiagem, a floresta começou a pegar foto. O vento violento aumentava o incendio que se dirigia exatmente para as terras onde moravam os dois indivíduos. O desespero tomou conta dos dois moradores ameaçados pelo fogo. O aleijado tentou fugir, mas não tinha força nas canelas. O cego tateava as matas, mas corria o perigo de esbarrar com alguma labareda. A sorte do destino fez com que os dois se ebarrecem entre os arames farpados que separavam o terreno. Num instante mágico de sobrevivêncio o aleijado, sem nenhum receio ou contrangimento, montou em cima do cego dizendo:
-"Vamo lá meu irmão, tu me empresta tuas pernas e eu lhe empresto minha visão! Vamos sair daqui!!!
Foi assim que o aleijado e o cego conseguiram sobreviver a um incendio que destruiu tudo que eles tinham. Hoje cego e aleijado voltaram para o mesmo local, retiraram as cercas, e nunca mais temeram o fogo.
MORAL DA HISTÓRIA
EM PERIGO EXTREMO
O ORGULHO SE DISSIPA
ALEIJADO MONTA NO CEGO
PRA SE LIVRAR DO NÓ NA TRIPA
2 comentários:
Muiiiiito Boooom!!!
São as nossas atitudes tantas vezes egoístas e arrogantes que nos fazem cegos, surdos e espiritualmente aleijados...
"A necessidade faz o sapo pular."
É mesmo!
"Pra que tanta pose, doutor... pra que tanto orgulho...?'
Lembra dessa música?
E#i, passa aqui em casa...Sumiu?
Abs.
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