Plataforma escura, silenciosa angústia.
Meu coração já se apinhou de gente chegando, e partindo.
Já chorou, se descabelou...
Já dormiu em pé, já sonhou dormindo.
“Café com pão”.
Bolacha não
Café com pão... ““.
- Olha a tapioca, olha a mariola...
(Tudo tão depressa, tudo já sumindo...)
-Corre menina, senão você perde o trem!
-Desce menino, o trem não tem paciência com ninguém!
Naquele sacolejar...
Vi a roça, vi a rosa, puxei prosa.
Vi a lua crescer, e a madrugada passar.
Queimei o braço no sol
Queimei o olhar, noutro olhar!
Viagens curtas e amorosas.
Outras desencarrilhadas, nauseantes.
E o apito, ainda soa em meu ouvido.
Encontros marcados, impacientes.
Trem atrasado, que um dia deixou de chegar.
Pessoas também se quebram nos trilhos da vida
Fragmentam-se, viram pós de estrelas...
Perdem o trem!
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