A HORA É AGORA
– José Nílton Mariano Saraiva
A excelência, versatilidade, bagagem acumulada ao longo dos anos e
comprovada facilidade com que ele consegue abordar com propriedade, clareza e
consistência, uma miscelânea de assuntos, sem que caia no lugar comum ou no
emprego banal daquelas “frases-clichês” ou notinhas de pé de página desprovidas
de substância às quais muitos recorrem, o credenciam como um intelectual de
escol; dá gosto ler seus substanciosos textos.
Recatado, se nos apresenta aparentemente tímido, mas contundente
quando chamado a manifestar-se; econômico nas palavras, porém extremamente
acessível com aqueles que o procuram, tem sempre uma palavra de estímulo;
lhano, embora não se furte a impor-se quando preciso; firme em seus
posicionamentos e, paradoxalmente, capaz de ouvir atentamente os que professam
um credo diferente do seu; estas, em rápidas pinceladas, algumas das suas
características pessoais.
O que mais chama a atenção, no entanto, é o seu olhar social, a
sua vocação eminentemente humanista, a sua aguçada sensibilidade para com os
problemas enfrentados pelos semelhantes, a sua predisposição de doar-se em
favor de uma causa que beneficie os menos favorecidos ou que não tiveram
oportunidade de ascensão socioeconômica. E, certamente imbuído de tal
propósito, ao ingressar na academia optou pelas ciências sociais, graduando-se
em Direito.
Socialista convicto e de primeira hora, escolheu um partido de
viés esquerdista quando decidiu ingressar na política. Sem recursos, mesmo
assim foi eleito vereador na cidade do Crato, tendo seu mandato caracterizado
pela seriedade no tratamento da coisa pública, pela competência nos
questionamentos apresentados, pela busca incessante de respostas às demandas de
cunho socialista, pela tentativa de mudar o deplorável “status quo” vigente.
No entanto, atropelado pelo “rolo-compressor” do poderio econômico
e da falta de escrúpulos, não logrou reeleger-se, numa prova concreta e acabada
da total falta de responsabilidade e do pouco caso que a população do Crato
dispensa quando chamada a tratar sobre o futuro da cidade (daí o estado deplorável
e falimentar que atravessa).
Agora, entretanto, quando a cidade experimenta mais uma administração comprovadamente
caótica, quando o Crato afunda no caos, patina na mediocridade, escorrega na
maionese, involui a olhos vistos em todos os aspectos e quadrantes e se acha
literalmente parada em termos de geração de investimentos (que propiciem
emprego e consequente obtenção de renda por parte da sua população), por qual
razão não se pensar em alguém com o perfil socialista acima, a fim de geri-la,
dar-lhe um ramo, balançar-lhe as estruturas, içá-la do pântano em que a
meteram, catapultá-la do marasmo e da incompetência em que a socaram, já há décadas
e décadas ???
Como cratense “da gema”, pra lá de preocupado com o atual e
crítico momento (e bote preocupação nisso), permitimo-nos sugerir que o “cara”
da vez, nas próximas eleições municipais, seja um filho de Lavras da
Mangabeira, mas radicado no Crato desde a mais tenra idade: José Emerson
Monteiro Lacerda (em dobradinha com um Marcos Cunha, José Flávio Vieira ou
outros que compartilhem dos mesmos ideais).
Fica a sugestão.
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