por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 4 de maio de 2024

A HORA É AGORA – José Nílton Mariano Saraiva

 

A excelência, versatilidade, bagagem acumulada ao longo dos anos e comprovada facilidade com que ele consegue abordar com propriedade, clareza e consistência, uma miscelânea de assuntos, sem que caia no lugar comum ou no emprego banal daquelas “frases-clichês” ou notinhas de pé de página desprovidas de substância às quais muitos recorrem, o credenciam como um intelectual de escol; dá gosto ler seus substanciosos textos.

Recatado, se nos apresenta aparentemente tímido, mas contundente quando chamado a manifestar-se; econômico nas palavras, porém extremamente acessível com aqueles que o procuram, tem sempre uma palavra de estímulo; lhano, embora não se furte a impor-se quando preciso; firme em seus posicionamentos e, paradoxalmente, capaz de ouvir atentamente os que professam um credo diferente do seu; estas, em rápidas pinceladas, algumas das suas características pessoais.

O que mais chama a atenção, no entanto, é o seu olhar social, a sua vocação eminentemente humanista, a sua aguçada sensibilidade para com os problemas enfrentados pelos semelhantes, a sua predisposição de doar-se em favor de uma causa que beneficie os menos favorecidos ou que não tiveram oportunidade de ascensão socioeconômica. E, certamente imbuído de tal propósito, ao ingressar na academia optou pelas ciências sociais, graduando-se em Direito.

Socialista convicto e de primeira hora, escolheu um partido de viés esquerdista quando decidiu ingressar na política. Sem recursos, mesmo assim foi eleito vereador na cidade do Crato, tendo seu mandato caracterizado pela seriedade no tratamento da coisa pública, pela competência nos questionamentos apresentados, pela busca incessante de respostas às demandas de cunho socialista, pela tentativa de mudar o deplorável “status quo” vigente.

No entanto, atropelado pelo “rolo-compressor” do poderio econômico e da falta de escrúpulos, não logrou reeleger-se, numa prova concreta e acabada da total falta de responsabilidade e do pouco caso que a população do Crato dispensa quando chamada a tratar sobre o futuro da cidade (daí o estado deplorável e falimentar que atravessa).


Agora, entretanto, quando a cidade experimenta mais uma administração comprovadamente caótica, quando o Crato afunda no caos, patina na mediocridade, escorrega na maionese, involui a olhos vistos em todos os aspectos e quadrantes e se acha literalmente parada em termos de geração de investimentos (que propiciem emprego e consequente obtenção de renda por parte da sua população), por qual razão não se pensar em alguém com o perfil socialista acima, a fim de geri-la, dar-lhe um ramo, balançar-lhe as estruturas, içá-la do pântano em que a meteram, catapultá-la do marasmo e da incompetência em que a socaram, já há décadas e décadas ???

Como cratense “da gema”, pra lá de preocupado com o atual e crítico momento (e bote preocupação nisso), permitimo-nos sugerir que o “cara” da vez, nas próximas eleições municipais, seja um filho de Lavras da Mangabeira, mas radicado no Crato desde a mais tenra idade: José Emerson Monteiro Lacerda (em dobradinha com um Marcos Cunha, José Flávio Vieira ou outros que compartilhem dos mesmos ideais).

Fica a sugestão. 

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