por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 24 de maio de 2022

JÁ VAI TARDE - José Nílton Mariano Saraiva

A corrupta e venal imprensa esportiva brasileira não cansa de tecer elogios à Seleção Brasileira de Futebol em razão de ser a única que nunca deixou de participar de uma Copa do Mundo, patrocinada pela FIFA.

Se, entretanto, usasse de uma nesga de honestidade e seriedade, seria fácil expor algo cristalino e inquestionável: na América do Sul, em termos futebolísticos, apenas Brasil e Argentina (mesmo que nos piores momentos) são os que têm algo a mostrar no tocante; o resto é tudo japonês (ou seja, são iguais e... não jogam nada).

E, como são reservadas cinco vagas para a América do Sul no citado torneio, sendo dez os disputantes, não há como nossa seleção não abiscoitar uma delas, secundada pelos “hermanos” (que ficaram de fora nas Copas de 1950 e 1954, por questões políticas da associação de futebol local – AFA - e em 1970, quando foi eliminada dentro de casa pela seleção peruana, numa “zebra” sem precedentes).

Mas, e isso é inquestionável, se participássemos de eliminatórias iguais às europeias, onde, em cada grupo times de qualidade e terrivelmente competitivos participam, a história certamente seria bem diferente e, consequentemente, não haveria espaço para tanto oba-oba ou rasgação de seda.

Como, na Copa do Mundo de 2014, realizada aqui mesmo no Brasil, fracassamos retumbantemente, quando levamos inacreditáveis 7 x 1 da Alemanha (que mais à frente iria sagrar-se campeã vencendo os “hermanos” na final), a troca de treinador foi imediata, saindo o ultrapassado Felipão e entrando o Tite, um defensivista ao extremo, conservador em atos e atitudes, adepto do futebol jogado para os lados ou para trás, além de devotar uma fidelidade canina a um mesmo grupo de jogadores, conhecidos “amarelões” em jogos decisivos.

Assim, na Copa do Mundo da Rússia, sob seu comando, mesmo enfrentando seleções inexpressivas e sem qualquer tradição, jogando um futebol horroroso entramos solenemente pelo cano no momento que que tivemos que enfrentar uma seleção europeia apenas razoável (Bélgica).

E quando se pensava que na volta o Tite perderia o emprego, eis que, inexplicavelmente apoiado pela mídia, o “perdedor” transmutou-se em “vencedor”, já que não só renovou o contrato, mas teve substancial aumento (ou seja, perdeu, mas... ganhou).

Agora, às vésperas da Copa do Mundo a ser disputada no Catar, no final do ano, sem coragem de mudar, e por consequência já sabedor do rotundo fracasso do time por ele dirigido, preventivamente o técnico Tite já anunciou que irá “se mandar” após o torneio, independentemente do resultado (depois de “mamar” por anos nas tetas da CBF).

O grupo já está formado e terá por base o time que fracassou na Rússia e, assim, vamos ter que suportar Gabriel Jesus (que não fez um mísero gol naquele torneio), Philipe Coutinho (que se encontra “bichado” faz é tempo, tanto que reserva no time inglês onde joga) e outras mediocridades, além da recorrente “brincadeira de mau gosto” de se nomear o Zé Cai-Cai (Neimar) o grande “líder” do grupo, claramente por imposição do patrocinador (enquanto isso um jogador como o Huck fica de fora).

Como os adversários da primeira fase são “garapa-com-açúcar” (Suíça, Sérvia e Camarões) claro que “mesmo não querendo” vamos passar de fase, quando então seremos mandados de volta, sem choro nem vela, no primeiro ou segundo jogos seguintes (repeteco da Copa da Rússia).

A pergunta é: com a saída do Tite, após um segundo fracasso em Copa do Mundo, o seu “agregado” (filho Matheus) perderá a boquinha de “auxiliar técnico” (possivelmente uns 80 a 100 mil por mês), uma exigência aética do próprio Tite quando assinou contrato ???

Aliás, mereceria um estudo mais detalhado ou minucioso o fato de, no meio futebolístico brasileiro (e só por aqui mesmo) técnicos, narradores e comentaristas sempre imporem como condição “sine qua non” (locução adjetiva, do latim, que significa “sem a qual, não”) à assinatura de um contrato, que o rebento querido seja incluso no “pacote”, mesmo que não tenha o que fazer (mas, apenas, receber a grana ao final do mês).

Um comentário:

jose nilton mariano saraiva disse...

No quinto parágrafo leia-se: Como, na Copa do Mundo de 2014...(e não 1914, como consta)