“AUSCHWITZ”... SE REPETIU AQUI – José Nílton Mariano Saraiva
A vasta literatura pertinente, o testemunho inconteste e sofrido dos que conseguiram o "milagre" de sobreviver, de par com a reprodução pormenorizada e realista (aqui, com atores) dessa mesma literatura para as telonas (cinema), nos mostra com fidedignidade que, dentre os diversos campos de extermínio nazista, o de “AUSCHWITZ” foi o que serviu de palco para os mais tenebrosos e macabros experimentos, os mais sombrios atos de tortura contra o ser humano, ali representando pelo povo judeu.
Tanto que, decorridos quase 80 anos do que se convencionou batizar como holocausto (aniquilamento sumário e cruel de mais de seis milhões deles), ainda hoje não se consegue entender como um ser humano é capaz de praticar tanta atrocidade com um seu igual.
Eis que, nos dias atuais, no país continental chamado Brasil, estimulados por um confesso psicopata, reconhecidamente adepto incondicional da tortura e do desprezo absoluto ao ser humano (mas que mesmo assim equivocadamente foi eleito para dirigi-lo), alguns dos seus bovinos seguidores, ungidos à condição de “autoridades policiais”, teimam em trafegar à margem da lei, daí a prática de métodos abjetos de tratamento àqueles que deveriam defender e proteger.
Como a tecnologia (videomonitoramento) tem servido para captar imagens (e às vezes até o áudio) do dia-a-dia, a verdade é que atualmente a sociedade vive sob a vigilância de câmeras de segurança em ruas, lojas, shoppings, bem como em telas de celulares, tablets e computadores (algo como as “teletelas”, descritas no livro “1984”, do profético britânico George Orwell, publicado no longínquo 1949).
Pois foi exatamente do flagra de uma dessas câmeras de rua que surgiu algo impensável: abordado por policiais rodoviários federais em razão de trafegar de moto, sem capacete, o cidadão Genivaldo de Jesus Santos, ao invés de receber a multa devida e ser orientado sobre a necessidade do uso do utensílio a partir de então, foi jogado ao chão, chutado, imobilizado, algemado e colocado no porta-malas da viatura policial.
E aí, quase 80 anos depois, o horripilante modus operandi “AUSCHWITZ” (dos nazistas) ressurgiu entre nós com todo o seu potencial macabro: imobilizado por algemas num espaço restrito que mal cabia o seu próprio corpo, o cidadão Genivaldo de Jesus Santos recebeu como “presente” dos “magnânimos e caridosos” policiais militares que deveriam protege-lo, uma bomba de gás lacrimogênio, devidamente acionada, que de pronto inundou o local com o seu gás letal.
Após decorrido o tempo necessáiroio para que o gás fizesse efeito, de forma sarcástica e desumana conduziram-no a um hospital, talvez para terem certeza do que pretendiam: Genivaldo já era, não mais teria condição de lhes perturbar.
E muito embora seja horrorosamente doloroso relembrar “AUSCHWITZ” neste momento, é preciso que o façamos a fim de que não mais se repita nos dias atuais tamanha barbárie.
Em assim sendo, que os policiais que participaram desse momento dantesco - JÁ DEVIDAMENTE IDENTIFICADOS (pelas mesmas câmeras) sejam rigorosa e exemplarmente penalizados.
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