ÀS PORTAS DO INFERNO (ou A VOLTA DO QUE NÃO FOI) – José Nílton Mariano Saraiva
Sem mais delongas e denotando uma insensibilidade a toda prova, o advogado sexagenário paulista Tadeu Frederico de Andrade foi avisado pela própria direção da instituição paulista Prevent Senior, que morreria em poucos dias face à (suposta) irreversibilidade do seu caso. E que, como não tinha mais jeito mesmo, teria que desocupar a caríssima UTI para recepcionar outrem, que já na fila de espera se encontrava (e eram muitos).
Também lhe comunicaram que, a partir de então, seria alocado numa ala hospitalar específica para “tratamento paliativo”, (uma espécie de antecâmara da morte, já que sem direito ao imprescindível oxigênio e à medicação necessária), onde outros já lá se encontravam, abandonados, apenas e tão somente... esperando a morte chegar; como consolo, hipocritamente lhe afirmaram que “morreria confortavelmente” (mesmo que por falta de oxigênio, cara pálida ???).
Portanto e em definitivo, para a Prevent Senior ele já poderia ser considerado “mais um” na sua estatística macabra, só que com um detalhe estarrecedor: muito embora tivesse passado mais de 120 dias internado, com direito a duas entubações, sua morte seria enquadrada em uma outra enfermidade qualquer que não a Covid, já que em seu prontuário o CID (Código Internacional de Doenças) seria modificado, como o de muitos outros o foram (ouviu ainda que... “se sofresse uma parada cardíaca não deveria ser reanimado”).
Não tivesse havido, na oportunidade, uma providencial e dura reação da família, literalmente “peitando” a direção da Prevent Senior ao anunciar que convocaria a imprensa para denunciar o escândalo e acionaria a Justiça no sentido de exigir um mínimo de respeito ao paciente, Tadeu Francisco de Andrade pereceria à míngua, como se fora um desprezível animal abandonado. Assim, tiveram que aceitar que a família contratasse um médico particular que de pronto modificou a medicação e à sua cabeceira permaneceu monitorando o paciente diuturnamente (no próprio hospital) até sua total recuperação.
E eis que agora, na bancada da CPI, aquele que estivera às portas do inferno (e que representa tão bem “a volta do que não foi”), emocionado, desenvolto e didático, narrou pormenorizadamente todo o seu drama e de sua família, no que era corroborado “tim-tim-por-tim-tim”, por um dos médicos (ao seu lado) que fora demitido da Prevent Senior por se recusar a cumprir o seu protocolo macabro, no qual assustadoramente constava que “um óbito é também uma alta” (citado médico também confirmou que o Kit-Covid – gratuito - era enviado através de motoqueiros pela Prevent Senior, bastando para isso que um mero telefonema fosse dado e que uma das Doutoras do Prevent Senior houvera determinado internamente que, “tossiu...kit-covid nele).
Soube-se, a posteriori, que a criminosa mudança do CID (Código Internacional de Doença) visando mascarar a morte pela Covid (mesmo que o paciente tivesse sido entubado duas vezes ao longo da internação), teria sido engendrada pela Prevent Senior em conluio e visando ajudar o governo na sua criminosa omissão da realidade (o kit covid, restou comprovado, não oferece nenhuma efetividade).
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A propósito, e apesar ter ocorrido na década de 40, convém lembrar que no campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Grande Guerra Mundial, Josef Mengele ficou conhecido como o “Anjo da Morte” devido às atrocidades perpetradas contra a raça judia.
Mengele fazia visitas semanais aos quartos dos hospitais dos campos de concentração e enviava para as câmaras de gás todos os prisioneiros que não se recuperassem após duas semanas na cama (igual ao "tratamento paliativo" Covid ???).
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Teríamos por aqui os “anjos da morte” da Prevent Senior... ou tudo não passa de mera coincidência ???
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