por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 23 de julho de 2021

 ELES JOGAM PARA EU FAZER O GOL” - José Nílton Mariano Saraiva

Como é de conhecimento público, em 2008, ao participar do processo seletivo para professora de Neonatologia do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza (Unifor), a Doutora Mayra Isabel Correia Pinheiro foi desclassificada ainda na primeira fase por incluir no seu “Currículo Lattes”, como se fosse de sua autoria, o artigo “A Reanimação do Prematuro Extremo em sala de Parto”, publicado em 2005 no Jornal da Pediatria, cujas autoras verdadeiras são as médicas Maria Fernanda Branco de Almeida e Ruth Guinsburg.

Na oportunidade, a banca examinadora da Universidade emitiu o seguinte parecer: “Considerando, finalmente, que a veracidade do documento analisado é critério indispensável para o julgamento do currículo e que, neste sentido, o documento apresentado (currículo Lattes) não atende a esse critério, a banca examinadora resolve desclassificar a candidata do processo”.

Inquirida sobre, a Doutora Mayra Pinheiro simplesmente alegou que teria cometido... “falha grave de digitação do currículo Lattes” (e ninguém mais falou no assunto).

Pois bem, alocada no Ministério da Saúde no governo do Bozo, no princípio do corrente ano, quando foi designada pelo chefe (Ministro Pazuello) para gerir a grave crise sanitária em Manaus (onde pessoas morriam “de montão” por falta de ar) Doutora Mayra Pinheiro apresentou um tal aplicativo que de tão revolucionário seria a solução definitiva para o problema: o Tratevoc, cuja finalidade seria auxiliar os médicos no diagnóstico da Covid 19.

Eis que alguns jornalistas descobriram que o tal aplicativo era “viciado de nascença”, ou “jogo de cartas marcadas” porquanto o diagnóstico final, para bebes, adolescentes, adultos ou idosos era sempre o mesmo: kit-Covid neles (forçação de barra sem tamanho).

Denunciada a farsa, referido aplicativo foi retirado do ar e, quando questionada, a Doutora Mayra Pinheiro atribuiu aos “técnicos” da sua secretaria a responsabilidade, eximindo-se de tal. Ou seja, mesmo sendo a chefe e portanto responsável pela aprovação e liberação do aplicativo, ela não tinha nada a ver com isso (de novo, ninguém mais falou no assunto).
Ainda assim, depois do fracasso oceânico da missão que lhe fora outorgada pelo governo do Bozo, Doutora Mayra Pinheiro não teve nenhum constrangimento em oferecer seus préstimos (ou se oferecer) ao governo de Portugal para aplicar o kid-Covid por lá, porquanto sua aplicação no Brasil teria sido um “sucesso” (uma mentira cabeluda).

Convocada a se explicar na CPI da Covid sobre a tragédia de Manaus, Doutora Mayra Pinheiro recorreu ao Supremo Tribunal Federal no sentido de não responder às perguntas que ao seu critério lhe fossem inconvenientes, além de poder se fazer acompanhar de um advogado (foi atendida).

Sabe-se agora, através do áudio que a CPI conseguiu, que Doutora Mayra Pinheiro antecipadamente preparou perguntas para que os senadores governistas da CPI lhe fizessem durante o depoimento... “ELES JOGAM PARA EU FAZER O GOL”, foi o que combinou (ainda assim seu depoimento foi um fracasso).

A conclusão que se pode chegar é que, definitivamente, a Doutora Mayra Isabel Correia Pinheiro não guarda nenhuma consideração com o que seja ética ou respeito para com a população brasileira.

Que seja novamente chamada pela CPI para se explicar.

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