por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 10 de maio de 2021

"MEDALHÕES" DECADENTES - José Nilton Mariano Saraiva

 MEDALHÕES” DECADENTES - José Nilton Mariano Saraiva

Conta bancária recheada de dólares e euros (daí a incessante “caçada” que lhes empreendem as sempre atentas e expeditas “marias-chuteiras” da vida), já dobrando o “cabo da boa esperança” (em termos de idade avançada), barrigão protuberante (pelos excessos cometidos), indisposição pra queimar calorias (via extenuantes exercícios físicos), farras homéricas que varam a madrugada (predominantemente regadas ao “sexo muito bem pago” e drogas em profusão), “eles” não mais encontram espaço no exigente mercado europeu e só então (e ainda assim), cansados e esbaforidos, lembram da terra-mãe, onde tudo começou, e aonde, a partir de agora, poderão “enganar” ad aeternum.

Para tanto, à espreita e de prontidão, já se acham mercenários empresários e corruptos diretores de clubes, sempre acessíveis e dispostos a usufruírem robustos dividendos (financeiros e preferencialmente políticos), que se encarregam de “forrar a mão” de mafiosos jornalistas (e como proliferam, na imprensa esportiva tupiniquim), a fim que notícias sejam paulatinamente plantadas, anunciando-os como o “herói saudoso” que retorna ao “time do coração” (ou até mesmo – por que, não ??? - para atuar no arquirrival, numa prova inconteste de “profissionalismo”).

Movida e estimulada pela paixão e irracionalidade latentes, insuflada a torcida do tradicional clube de pronto adere à causa, tratando de relembrar lances e gols de placa de um passado mui distante, que (intimamente sabem) jamais se repetirão (mas que o fanatismo se encarrega de obscurecer).

Após a assinatura do contrato milionário, a “revelação surpresa” e desprovida de qualquer ética ou escrúpulo: como estão “sem ritmo de jogo”, necessitarão de dois a três meses pra “entrar em forma e ficar na ponta dos cascos”; e aí é que se constata que na realidade se acham mesmo é “bichados”, irremediavelmente “baleados”, sem a mínima condição de aguentar o tranco e, pior, indispostos para tal desiderato (porquanto visceralmente “dependentes” potenciais de “substâncias não recomendáveis”, herança maldita do “velho continente”).

Ainda assim, durante o “sacrifício” a que se submetem (meros exercícios físicos), exigem o recebimento dos estratosféricos salários religiosamente em dia (como se tivessem a exercer a profissão) enquanto que - como ninguém é de ferro - as “baladas noturnas” se sucedem numa frequência impressionante, com muito luxo e desperdício (para a infelicidade e protestos dos novos vizinhos (de um lado), e felicidade completa de determinadas “atrizes globais” (de outro); tanto é que uma delas, das mais famosas e requisitadas – e não caiam pra trás – chegou a receber “um apartamento”, pelos relevantes serviços prestados durante uma única noitada).

O resto do script todo mundo já sabe: em campo, enquanto os companheiros literalmente “se matam” de correr atrás da “gorducha” (bola), eles “passeiam” ou “caminham” sem maiores preocupações; se alguém tem a “infeliz ideia” de endereçar-lhe o instrumento de trabalho (bola), há que fazê-lo “a domicílio”, sem que haja a necessidade de maiores esforços de sua parte, porquanto, se empreenderem algum excesso poderão romper algum vaso ou tendão; depois do “desfile” pelo tapete verde (por uma ou duas míseras partidas), alegam “cansaço” e exigem repouso absoluto de um ou dois meses para se “recondicionarem” fisicamente (sem que, no entanto, deixem de frequentar assiduamente a noite).

Viajar com os companheiros para atender a algum compromisso do clube, numa praça razoavelmente distante ??? Nem pensar (quando convenientemente não estão na “fisioterapia”, sempre têm que cumprir algum compromisso particular, sob a proteção da imprensa e Diretoria do clube).

E assim esses “MEDALHÕES DECADENTES” forjados pela mídia esportiva tupiniquim como heróis, levam a vida na maciota (certamente que gozando da cara dos “idiotas” - todos nós, torcedores).

Agora, aqui pra nós: você já parou pra imaginar quanto custou cada um dos raros gols de autoria do tal Ronaldo “Gorducho” Nazário, Adriano “Pó Puro” ou Ronaldo “Moleque” Gaúcho, depois que retornaram à pátria amada ???

Quanto ???

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