por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 11 de maio de 2020

O "MENTOR INTELECTUAL" - José Nilton Mariano Saraiva


Metade do mundo e a outra banda sabem que o “debiloide” que por um capricho do destino ascendeu à Presidência da República não sabe de nada, não manja de coisa nenhuma, é incapaz de dialogar com consistência sobre qualquer assunto, não consegue se articular minimamente e, em suma, é um “zero à esquerda”.

A única coisa que poderíamos destacar em sua personalidade seria o seu viés troglodita e odiento, refletida na sua falta de respeito para com os demais, na sua ojeriza a mulheres pensantes, na sua predileção por assassinos e torturadores (vide Ronald Lessa, Queiroz e Brilhante Ustra e outros), e no seu menosprezo pelos menos favorecidos.

Por essa razão, quando surpreendentemente foi guindado à Presidência da República numa eleição fajuta e ainda hoje suspeita, teve dificuldades, sim, em “escalar seu time”, e passou a depender de informações e indicações de outros.

O sofrível e medíocre Paulo Guedes (cuja referência única teria sido a participação ativa no plano econômico da ditadura chilena de Augusto Pinochet, que até hoje espraia seus males sobre os aposentados do país) foi uma dessas indicações. Economistazinho de quinta categoria, com formação na ultraconservadora Universidade de Chicago (o berço do neoliberalismo), onde se graduou há 200 anos e nunca se reciclou, foi indicação do “filho-numeral 02” Eduardo Bolsonaro, que houvera se impressionado com o seu papo fácil e mentiroso.

E aí, com o papo envolvente de qualquer mentiroso que se preze (além de detentor de um certo carisma), não foi difícil ao Paulo Guedes convencer um jejuno, idiota e completo analfabeto em Economia (o Bozo) em entregar-lhe o comando não apenas de um, mas de três ministérios (Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio), Da junção surgiu o todo poderoso Ministério da Economia, que é quem manda no país hoje.

Como, à época, uma bem bolada propaganda televisiva fazia menção sobre um tal Posto Ypiranga, que teria teoricamente solução para todo e qualquer problema dos mortais comuns, o “traste” passou a denominar seu futuro ministro de “Posto Ypiranga”, que a partir daí passou a ser o “mentor intelectual” da atual e suicida política econômica em vigor.

O resto todo mundo já sabe: no Posto Ypiranga do Bozo, o combustível é adulterado, o óleo misturado, os aditivos falsificados, as mercadorias com prazo de validade vencidos e até o calibrador de pneus não funciona como deveria. Um desastre completo, total e absoluto.

O resultado é que o dólar daqui a pouco ultrapassará os seis reais (lembremo-nos que o próprio Paulo Guedes disse dias atrás que se chegasse a cinco reais seria em razão de alguma besteira cometida por sua equipe), o desemprego aumenta dia a dia, estamos a perder o nosso principal e poderoso parceiro comercial e que nos permite ter saldo na balança comercial (a China, que é paparicada pelo mundo todo), nosso PIB será negativo e as nossas exuberantes reservas de 380 bilhões de dólares (deixadas por Lula da Silva) se esvaem dia a dia e rapidamente.

Instado a se pronunciar sobre o retumbante fracasso da sua política econômica suicida, o “Posto Ypiranga” do Bozo escolheu um único e preferencial inimigo: assim, ao FUNCIONALISMO PÚBLICO deverá ser atribuída a culpa do descalabro atual na Economia (simplesmente porque têm estabilidade no emprego, por via concursal, imaginem) e que se nos próximos dois anos não lhes for concedido nenhum mísero reajuste a situação se resolverá de vez, porquanto serão R$ 130.000.000.000,00 (cento e trinta bilhões) a menos.

Como não houve contestação nenhuma ou algum pedido de explicação de como se chegou a esse superlativo valor (que ele jamais terá condição de detalhar, porque mentiroso), Paulo Guedes vai continuar como ”mentor intelectual” das idiotices verbalizadas e praticadas irresponsavelmente pelo “traste” (como dois náufragos, vão morrer abraçados).

Um comentário:

jose nilton mariano saraiva disse...

Guedes já queimou US$ 54 bilhões das reservas acumuladas por Lula e Dilma – e o dólar se aproxima de R$ 6

Incapaz de produzir confiança, a equipe de Paulo Guedes vai torrando as divisas que vinham sendo acumuladas desde 2014 e o Brasil sofre uma das maiores fugas de capitais da sua história

12 de maio de 2020, 04:09 h Atualizado em 12 de maio de 2020, 04:10
3.2K


247 – O fracasso da política econômica de Paulo Guedes pode ser medido pela queima de reservas internacionais acumuladas nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, bem como pela acentuada desvalorização do real. "No momento em que a taxa de câmbio se aproxima de R$ 6, o Banco Central promove um cavalo de pau na política de acumulação de reservas internacionais iniciada em 2004. Foram injetados US$ 54 bilhões no mercado desde agosto do ano passado apenas por meio da venda à vista de dólares. No mesmo período, a fuga de recursos do país soma US$ 57 bilhões. Ambos os valores são recordes", aponta reportagem de Eduardo Cucolo, na Folha de S. Paulo.

A reportagem deixa claro que a acumulação de reservas ocorreu exatamente nos governos Lula e Dilma – o que permitiu ao Brasil ter tranquilidade cambial e deu a milhões de brasileiros a oportunidade de viajar e estudar no exterior. "De 2001 a 2003, o BC chegou a vender cerca de US$ 15 bilhões. A partir de 2004, não houve mais vendas, só compras, com exceção da injeção de recursos durante a crise de 2008/2009, também nesse montante. Depois disso, a instituição só voltaria a vender dólares em agosto de 2019", aponta o jornalista.

Com a falta de confiança na economia brasileira, em razão da incapacidade do choque neoliberal de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro de produzir crescimento, o dólar fechou no dia de ontem a R$ 5,83, maior cotação da história.