Não
se constitui nenhum segredo que os Estados Unidos da América já há
um certo tempo passam por sérias dificuldades no tocante a fontes
energéticas, principalmente à utilização do petróleo.
Mas
que, mesmo e
apesar de enfrentar
um corrosivo, desgastante e avassalador processo de decadência
econômico-produtiva,
se
nos apresenta (ainda) como a maior potência do mundo em termos
técnico-científico
e bélico,
embora a China e Rússia já “funguem” em seu cangote de forma
ostensiva
e ameaçadora.
Mas,
como a “fonte” que sustenta tudo isso - suas reservas
petrolíferas - rapidamente se exaurem em função da “farra” e
mau uso durante décadas (seu consumo interno sempre se manteve nas
alturas), sem que se lhes apresentem condições de diminuí-lo ou
haja qualquer outra fonte alternativa no médio prazo, há, sim, a
possibilidade iminente de um “stop” da atividade produtiva do
próprio país, dentro de certa brevidade.
Portanto,
pra que se mantenha a máquina em funcionamento há uma imperiosa
necessidade e um premente desafio de buscar, encontrar, extrair e
até “roubar” petróleo,
onde houver petróleo abundante e em excesso (leia-se Oriente Médio,
preferencialmente, e
Brasil, Venezuela dentre
outros), senão o país
mais poderoso do mundo inexoravelmente irá à lona, restará
nocauteado.
Para
consecução de tal mister, uma das mais eficientes armas utilizadas
até aqui tem sido a distorção de informações (tal
qual a utilizada pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial),
propagadas por uma mídia corrupta, amestrada e dócil, que tem papel
preponderante na fixação do uso de certos métodos heterodoxos de
“convencimento”, objetivando sejam atropelados ou aniquilados
aqueles que se lhes postarem à frente, ou, até, os que ousem
contestá-los ou confrontá-los (desde quando, por exemplo, os
americanos respeitam fóruns coletivos internacionais tipo a OTAN,
ONU, G-8, G-20
e tal, quando resolvem que têm de intervir mundo afora ???).
Assim,
nada mais conveniente e apropriado (pra eles, americanos) que se
autoproclamarem e tentarem
difundir e manter o galhardão de “XERIFES” do mundo, defensores
da raça humana e dos bons
costumes, protetores dos
desvalidos, última reserva moral do planeta, solução para todos os
males dos terráqueos, e
por aí vai, mesmo que a
sua belicista prática diária se contraponha à teoria.
Necessário,
para tanto, a provocação e manutenção infindável
de um “conflitozinho” básico com um país periférico qualquer
(contanto que abarrotado de petróleo) a fim de que, quando a coisa
apertar e se tornar necessário, possam descredenciá-lo, jogá-lo às
feras, pô-lo contra o resto do mundo, invadi-lo e, assim, tomar de
conta das suas portentosas reservas minerais.
Afinal,
quem não lembra do recentemente ocorrido no Iraque, quando os
"gringos", sob o fajuto e inconsistente argumento da
existência de letais armas químicas com potencial de destruir a
própria humanidade, acionaram sua mortífera e poderosa força
bélica com o objetivo único e exclusivo de apoderar-se do
petróleo iraquiano,
como realmente aconteceu (desde o começo desconfiava-se, e
posteriormente se comprovou
tratar-se de uma deslavada mentira o
argumento das armas químicas).
Para
tanto e sem nenhum escrúpulo, anunciaram e difundiram além
mares a intenção de
“caçar”, “julgar” e “assassinar” em tempo recorde o
ditador-presidente
Saddam Hussein. O que foi
feito de pronto e sem
maiores tergiversações (na
forca e com transmissão ao vivo e a cores para todo o planeta). .
Agora,
aqui pra nós, alguém tem
dúvida que aquilo ali foi um verdadeiro assassinato, mesmo se
sabendo tratar-se de um ditadorzinho
de quinta categoria ??? Que
aquilo foi uma
descarada “interferência
indevida” em assuntos internos de uma nação independente ???
Fato
é que, como não houve
maiores protestos ou reações (à
época),
hoje os “xerifes” do mundo se preparam para tomar de conta das
infindáveis
jazidas petrolíferas do vizinho Irã, mesmo que para tanto tenham
que provocar mais uma carnificina num país distante; para tanto, e
provocativamente, nada como
assassinar covardemente (via
aérea) uma
das figuras mais queridas dos iranianos, o general Qasem Soleimani,
segundo nome na hierarquia daquele país, sob
o argumento de
que ele estaria a se preparar para assassinar americanos por
todo o mundo (embora
nenhuma evidência haja, sobre).
Resta-nos
a pergunta que não quer calar:
se são tão valentes e
protetores da humanidade,
por qual razão não se metem com a Rússia, que se acha assentada e
também “lambuzada”
num mar de petróleo ??? Será que o arsenal nuclear russo os assusta
tanto ???
Teremos
um outro 11 de setembro ???
*********************************
Post
Scrioptum:
Quanto
ao Brasil, especificamente, não foi preciso qualquer conflito,
nenhuma arenga, sequer um
buchicho, já que o
tosco e desequilibrado que
está presidente da república (aquele
que bate continência para a bandeira americana e é capaz de
declarar publicamente, num
inglês macarrônico “I
love
you, Trump”)
entregou o
nosso pre-sal, de mão
beijada, aos gringos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário