Constitui-se frescura pura e viadagem explícita a massacrante e uníssona ofensiva da amestrada mídia internacional (inclusive e principalmente a brasileira, aliada de primeira hora aos Estados Unidos), no sentido de nos fazer crer que os “yankes” estão mesmo preocupados com a situação do povo venezuelano, daí a necessidade dessa grotesca encenação apelidada de “ajuda humanitária” (uma ova).
Na verdade (e quem tem na cabeçona pelo menos dois neurônios interligados) sabe perfeitamente que existem no mundo muitos outros povos e países em situação mais delicada e difícil que na Venezuela (e já faz tempo), sem que os “xerifes” do mundo se preocupem com isso (Honduras, Cuba, Guatemala, República Dominicana e o paupérrimo Haiti, por exemplo, todos localizados no quintal dos gringos).
Mas, como nenhum deles tem seu território assentado num oceano-amazônico de petróleo, vão morrer à míngua, sem que os americanos demonstrem dó ou piedade (pelo contrário, se puderem dizimam de vez; e o “bloqueio”, de toda ordem e modalidade, contra a Venezuela, e do qual ninguém fala, é o exemplo emblemático).
Intervencionistas de primeira hora, preferencialmente se do outro lado se encontra um país periférico e subdesenvolvido, mas que tenha algo do seu interesse (em termos estratégico ou econômico), os Estados Unidos nunca respeitaram os tratados de “não intervenção” ou a “autodeterminação dos povos”, constante das cartilhas dos organismos internacionais - ONU, OEA e por ai vai , daí se meterem em tudo que é canto. Basta observar que onde tem uma guerra tem americano metido no meio.
Para tanto, de um certo tempo até os dias presentes uma nova modalidade de “terrorismo” foi implementada pelos “xerifes” do mundo, através da incitação de países até então amigos a se digladiarem em defesa de supostas “causas humanitárias”. Mas que, ao fim e ao cabo, terão os Estados Unidos como beneficiário final.
Nos dias atuais (caso presente), como a Venezuela e seu povo nunca representaram nem representam nenhum risco à soberania brasileira, há que se levar em conta que, além da tomada/posse das generosas jazidas do petróleo venezuelano (fator econômico), o conflito provocado pelos “gringos” representa, sim, um iminente e sério risco à soberania brasileira (fator estratégico), porquanto, não é de hoje que se sabe da ambição americana em tomar de conta da nossa Amazônia, consubstanciada na doutrina de James de Monroe, do século XIX: “A AMÉRICA PARA OS AMERICANOS... DO NORTE”.
E como o idiota que foi eleito presidente do Brasil já disse em certa oportunidade que, como o Brasil não tem condições de explorar as potencialidades da região amazônica, ela deveria ser entregue a quem pudesse explorá-la, não custa nada ficarmos atentos. Afinal, ali estão as maiores reservas de água doce do mundo, a maior floresta tropical do mundo, sua inigualável e incrível biodiversidade, além das portentosas riquezas minerais do seu subsolo.
E se invadirem a Venezuela não tenhamos dúvida: seremos a “bola da vez”, e em bem pouco tempo. Alguém duvida ???
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Post Scriptum:
Risível, para não dizer ridículo, os dois “caminhões meia-tigela” que o governo brasileiro apresentou como contendo a “ajuda humanitária” brasileira para os “famintos” venezuelanos; não dariam para satisfazer, por um dia sequer, as necessidades dos moradores de uma única favela do Rio de Janeiro.
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