Em
reunião dirigida por ninguém menos que Eduardo Cunha, Romero Jucá
e Eliseu Padilha/Quadrilha (o primeiro, já réu da Justiça, o
segundo, em vias de, e o terceiro, portador de uma ficha criminal por
demais robusta, face os roubos por onde passou), e tendo uma plateia
integrada por dezenas de corruptos e ladrões, porquanto
reconhecidamente recebedores de propina do “chefe” Cunha (e cujos
nomes constam da lista da Odebrecht), o PMDB resolveu deixar a base
de sustentação do governo, da qual fazia parte já há bastante
tempo.
Tal
decisão do “condomínio de delinquentes”, objetiva tomar o poder
da atual e séria mandatária do país, Dilma Rousseff (que não
responde a nenhum processo na Justiça), através da aprovação
futura, no plenário da Câmara, de um pretenso processo de
“impeachment” ilegal, amoral e golpista, porquanto inexiste, para
sua viabilização, qualquer “crime de responsabilidade”.
Imprescindível
se ressaltar, que a situação chegou a tal estágio de
degeneração por obra e graça da leniência dos
membros do Supremo Tribunal Federal, porquanto não interviram lá na
origem, quando o juiz de primeira instância Sérgio Moro
acintosamente passou como um rolo compressor por cima da Constituição
Federal, ao transgredir o Estado
Democrático de Direito via prisões sem provas do
crime, vazamentos seletivos de depoimentos, abandono
do princípio da presunção de inocência, negação de acesso aos
processos por parte dos advogados, condução
coercitiva de pessoas sem que antes tenham sido
notificadas, instalação de grampos telefônicos nas celas
dos presos e por aí vai, findando por cometer um erro
grotesco: grampear a própria Presidenta da República. Ou
seja, o Juiz Sérgio Moro trafegou na ilegalidade desde o
princípio, fez e desfez, casou e batizou sem que as “Excelências”
do STF se manifestassem (só o fizeram quando ele bateu de
frente com a Presidenta da República).
De
outra parte, um reconhecido ladrão de alta periculosidade, o
presidente da Câmara Eduardo Cunha, já indiciado pela Procuradoria
Geral da República, continua a obstruir a Justiça diuturnamente,
através de prepostos com assento na Câmara,
sem que, estranhamente, esse mesmo Supremo
Tribunal Federal atente para o fato de que, livre, leve e solto,
referida figura, ainda no comando da Casa,
adquira a possibilidade de assumir a própria Presidência da
República, na perspectiva do impedimento politico de Dilma Rousseff,
porquanto tornar-se-á o segundo na linha de
sucessão (caso o Temmer assuma, no que não acreditamos).
Entretanto,
como tudo demais é veneno, eis que, embora um tanto quanto atrasado,
pelo menos um dos Ministros do Supremo, Teori Zavascki, findou por
perder a paciência e sair da letargia até então vigente no STF,
enquadrando e recriminando publicamente o juiz Sérgio Moro pelos
excessos cometidos, além de cobrar-lhe as explicações devidas; foi
o bastante para que o advogado de primeira instância subitamente
assumisse uma questionável postura de humildade, através do pedido
de “sinceras escusas”, numa demonstração inconteste de que,
picado pela mosca azul, realmente se excedera (só que o prejuízo já
fora cometido, irreversivelmente). Submetida ao plenário, a
recriminação de Teori Zavascki findou por obter o apoio unânime
dos demais integrantes do STF, consubstanciada no placar de 10 x 0
contra o juiz. Derrota fragorosa do outrora intocável Sérgio Moro.
Vale
lembrar, a propósito, que no momento nada menos que 14 reclamações
contra o juiz Sérgio Moro foram protocoladas no Conselho Nacional de
Justiça, enquanto nos diversos segmentos da sociedade crescem as
manifestações de desaprovação pública para com as ilegalidades e
abusos perpetradas por aquele juiz de primeira instância.
Alfim,
resta a indagação que não quer calar: quando o Supremo enquadrará
também o marginal Eduardo Cunha ??? Não já terá passado da hora
??? Estão esperando o que ???
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