por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 27 de agosto de 2015

VIDA-DE-VÍDEO-GAME

No cinema, nos jornais, telejornais e nos jogos eletrônicos há uma única narrativa dramática. O que numa piada com um soldado Pernambuco chamou-se de “vida de vídeo game”.

A vida que se vai abatendo em estágios sucessivos de destruição e pontos ganhos. Quando uma disputa assassina entre profissionais de mídia passa a ser filmada pelo próprio matador eis aís a estética da “vida-de-vídeo-game”.

E onde se encontra a fonte desta narrativa dramática? Nas oportunidades de decisão de produção, de distribuição e apropriação dos bens produzidos. Ou seja, na ordem das classes sociais. Classes que controlam (ou não) as decisões de produção e assim a distribuição e apropriação.

Israel aprisiona levas de Sudaneses e Eritreus que penetram seu território em busca do “shangri lá” europeu ou quem sabe no próprio estado judaico. Ficaram meses presos e depois foram soltos no deserto onde arrastam malas tentando ultrapassar barreiras policiais.

Isso é a maldade de Israel? Não. É a mesma narrativa globalizada da “vida-de-vídeo-game”. E o mais importante é uma narrativa audiovisual o mais amplo meio de emissão desta mensagem. Esta aqui é uma mistura de signos gráficos utilizados pela visão ao mesmo tempo carregando o aparelho fonador.

A narrativa dramática atual (audiovisual) é tão universal que toda a medicina andou neste sentido. E continua dramática: a regurgitação da mitral, o espeçamos de paredes, a infiltração gordurosa no fígado têm a mesma sintaxe da “vida-de-vídeo-game”.  


Elas não são iguais nem ao técnico que as interpreta. A seguir prossegue a cadeia de oportunidades de classes. 

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