Todas elas. Apenas que a melhor grife é a evidente Apple.
Estão pelo design e funcionalidades programadas para a obsolescência.
O próximo modelo é puro fetiche. Mas fetiche com arapucas
além do feitiço: novas funcionalidades apenas serão apresentadas no modelo
seguinte, quando o comprador, com o suor do seu rosto, se sentirá um passado e
discriminado na porta do novo modelo “S”, alguma coisa, algum código para
encantar parvos.
Mas tem coisas muito piores. Quase toda a parafernália de eletrodomésticos
e outras mumunhas mais, fazem tanta falta que vivem ociosos nas prateleiras, têm
um coração em circuito impresso. E tais coisas já estão programadas para
quebrar e serem substituídas.
São empacotados numa peça de plástico de modo a se ter que
trocar todo o equipamento ou quase o valor dele na simples troca de um
componente da falcatrua. A coisa é tão clara e desonesta que o governo da
França já tem legislação para pegar os envenenadores da bolsa do povo.
Já leram, ouviram ou falaram no novo “aplicativo” chamado
UBBER? Um serviço “paralelo”, além da concessão pública, de táxis nas grandes
cidades do mundo? A sede fica na Califórnia, define um padrão de veículo e
assim como as vendas do chamado “Mercado Livre” existem estrelas a qualificar
usuários e prestadores de serviço.
É isso mesmo. Táxis é prestação de serviço. Não importa se vinculado
ao capitalismo globalizado, monopolista, bilionário da Califórnia. Pois o
serviço que é público e até municipalizado, iria evoluir para o controle desta
empresa de aventureiros californianos que pretende usar a internet como um raio
atrator de tudo que gera lucros para eles.
Aliás se querem saber a fronteira do século XIX mais
aventureira da história moderna, foi a da ocupação do Oeste Americano.
Usurpando o México, destruindo os índios, moendo gente na ambição do ouro e das
grandes ferrovias, aventurando-se pelo pacífico como piratas e gerando
milionários comprometidos apenas consigo mesmo.
A mais pura seiva da Califórnia é simbolicamente destrinchada
na obra genial de Orson Wells, Cidadão Kane. Ele fala do milionário, dono de
imprensa e diversão William Randolph Hearst.
Em San Simeon, entre Los Angeles e São Francisco, foi
erguido o Hearst Castle, localizado sobre uma colina, da qual o magma derretido
de uma civilização perdulária, com obsolescência programada, destrói os lírios
do campo. Uma orgia destrutiva com quebra programada.
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