“Com o PROS a gente tem um partido que
a gente pode chamar de NOSSO” (Zezinho Albuquerque, presidente da Assembléia
Legislativa do Ceará, porta-voz e aliado de primeira hora dos Ferreira
Gomes).
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A primorosa definição –
inquestionavelmente perfeita e irretocável - é o retrato emblemático do que já
havíamos exposto aqui, lá atrás: para o clã Ferreira Gomes, não existe essa “baboseira”
de linha programática ou ideológica no que tange às agremiações partidárias. O
importante e essencial é que se lhes apresentem como “moeda de troca” e,
conseqüentemente, passíveis de serem disponibilizadas para uso (porquanto
apenas um “ajuntamento” de figuras inexpressivas, dispostas à subordinação e
caprichos de quem oferecer mais).
Sorte grande do fundador do
desconhecido PROS, um simplório vereador da escondida cidade de Planaltina-GO,
que certamente nunca antes imaginara que o “seu” partido (que tem como
única bandeira lutar contra os impostos e cujo estatuto não impõe nenhuma
restrição adesista a quem quer que seja, bastando se dispuser a
participar), fosse se transformar em tão pouco tempo numa agremiação
vitaminada e marombada pela chegada "de uma lapada só" de mais de
trezentos integrantes, oriundos do distante estado do Ceará.
É que, como já houvera acontecido no
PPS, quando o matreiro Roberto Freire pressentiu que a adesão dos Ferreira
Gomes objetivava tomar de conta do partido e recusou-se a entregar-lhes o
comando, os irmãos cearenses também foram literalmente expulsos pelo
presidente do PSB, Eduardo Campos, para onde haviam migrado; como no PDT a
principal figura, Heitor Ferrer, é um ácido e costumaz crítico do Governador do
Estado e irmãos, restou aos Ferreira Gomes “alugar” o PROS, transformando-o
num... “partido que a gente pode chamar de nosso” (conforme magistralmente
expresso pelo Zezinho Albuquerque).
Como se constata, um campo fértil e
propício para que os Ferreira Gomes dentro de pouco tempo mandem e desmandem,
casem e batizem, façam e desfaçam ao bel prazer, daí a pragmática escolha.
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