Todo mundo sabe que a
indústria cinematográfica americana adora transportar (com extrema competência)
para o cinema, aquelas ações do cotidiano que causam impacto à população
(terremotos, furacões, tsumanes, ataques terroristas e por aí vai), até porque
rende muita, mas muita grana mesmo. Mas,
em 2001, quando os árabes liderados por Osama Bin Laden impingiram à maior nação
do mundo a suprema humilhação da sua história, ao seqüestrarem aviões
americanos e os transformarem em bombas letais que derrubaram as Tôrres Gêmeas
de Nova Iorque e parte do Pentágono (sede do comando militar), o governo
americano teria reunido roteiristas, diretores e produtores do cinema americano
e terminantemente “proibido” que tais ocorrências fossem imortalizadas, via cinema
(embora a televisão tenha filmado e divulgado, ao vivo, parte do “show”). A exceção
foi o filme o “Voo 83”, que pretendeu transformar a tragédia numa espécie de
vitória americana, ao narrar que o quarto avião terrorista, que iria ser jogado
sobre a Casa Branca, sede presidencial, teria sido derrubado de forma até
heróica pelos passageiros, ao pressentirem para onde se dirigia e com qual
objetivo; assim, melhor que todos morressem (suprema glória) para salvar o presidente
da nação (no entanto, há a suspeita de que,
sem se importar com as dezenas de americanos
em seu interior, teria a força aérea yanque sido ordenada a derrubar o avião,
antes que conseguisse o seu desiderato).
Nos dias atuais, saíram
de cena os árabes e a “bola da vez” seria o exótico mandatário da longínqua Coréia
do Norte e seus militares, que, insatisfeita com os Estados Unidos, estaria
disposta a “bater de frente” com os americanos, inclusive com o uso de armas nucleares
de longo alcance. Se realmente possuem “bala na agulha” pra isso ninguém sabe,
mas o fato é que existe a ameaça diuturna e a conseqüente promessa de
retaliação, de pronto.
Coincidentemente, está
em cartaz nas telonas (cinema) o filme americano “Invasão à Casa Branca”, que
nos mostra a facilidade com que, numa ação violenta e fulminante, um grupo de
...norte-coreanos, toma de assalto a sede do poder central americano, fazendo
de refém o seu presidente e principais assessores para, a partir daí, se apossarem
do seu arsenal nuclear, através da
obtenção forçada de um código específico. E aí, pequenas falhas dos produtores
do filme: 01) no diálogo entre o chefe
terrorista e o presidente americano, aquele diz para este: “...sua segurança
gasta 15 minutos pra se deslocar até aqui; eu precisei de apenas 13 minutos pra
se apossar da sua Casa Branca” (será que é isso mesmo ???); 02) numa discussão
entre o Chefe do Estado Maior americano e o presidente em exercício, aquele diz
pra este que o presidente deve se achar no “bunker” existente no subsolo da
residência oficial, “...capaz de suportar até um ataque nuclear” (mais tarde, os
terroristas explodem o tal “bunker” com “quatro bombinhas” introduzidas com uma
furadeira mixuruca em uma das suas paredes laterais, saem com o presidente, usado como "escudo de proteção" e de lá se mandam; 03) por fim, o herói, um renegado ex-segurança
presidencial se redime de uma falha anterior (quando a esposa do presidente foi
morta), ao salvar o filho do presidente, abater todos os norte-coreanos (inclusive
o chefão) e sair ovacionado de uma destruída Casa Branca, abraçado ao chefão,
ambos feridos.
Ato final (e já
tradicional nos filmes americanos): já refeito,
o presidente fala para o mundo enaltecendo os valentes americanos que perderam
a vida na batalha, da certeza de que a América é indestrutível e, finalmente, como
bom católico que é, não esquece de agradecer a Deus pelo desfecho final.
Apesar dos “efeitos
especiais”, fraco o filme, mas que se destaca por ser lançado (coincidentemente
???) no momento em que, na vida real, Estados
Unidos e Coréia do Norte trocam “amabilidades”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário