por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


Texto de Susan Andrews.

Você se lembra daquela linda história do livro “O Pequeno Príncipe”? Bom, existe uma história mais tocante ainda que aconteceu de fato com o criador do Pequeno Príncipe, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry. Poucas pessoas sabem que ele lutou na Guerra Civil Espanhola e, certa vez, foi capturado pelo inimigo e levado ao cárcere para ser executado no dia seguinte.

Nervoso, ele procurou em sua bolsa um cigarro, e achou um, mas suas mãos estavam tremendo tanto que ele não podia nem mesmo levá-lo à boca. Procurou fósforos, mas não tinha porque os soldados haviam tirado todos os fósforos de sua bolsa. Ele olhou, então, para o carcereiro e disse: “Por favor, usted tiene fósforo?”. O carcereiro olhou para ele e chegou perto para acender seu cigarro. Naquela fração de segundo, seus olhos se encontraram e Saint-Exupéry sorriu.

Depois ele disse que não sabia por que sorriu, mas pode ser que quando se chega perto de outro ser humano seja difícil não sorrir. Naquele instante, uma chama pulou no espaço entre o coração dos dois homens e gerou um sorriso no rosto do carcereiro também. Ele acendeu o cigarro de Saint-Exupéry e ficou perto, olhando diretamente em seus olhos, e continuou sorrindo. Saint-Exupéry também continuou sorrindo para ele, vendo-o agora como pessoa, e não como carcereiro.

Parece que o carcereiro também começou a olhar Saint-Exupéry como pessoa, porque lhe perguntou: “Você tem filhos?”. “Sim”, Saint-Exupéry respondeu, e tirou da bolsa fotos de seus filhos. O carcereiro mostrou fotos de seus filhos também e contou todos os seus planos e esperanças para o futuro deles. Os olhos de Saint-Exupéry se encheram de lágrimas quando disse que não tinha mais planos, porque ele jamais os veria de novo. Os olhos do carcereiro se encheram de lágrimas também. E, de repente, sem nenhuma palavra, ele abriu a cela e guiou Saint-Exupéry para fora do cárcere, através das sinuosas ruas, para fora da cidade, e o libertou. Sem nenhuma palavra, o carcereiro deu meia volta e retornou por onde veio.

Mais tarde, Saint-Exupéry disse: “Minha vida foi salva por um sorriso do coração”.

O que foi aquela “chama” que pulou entre o coração desses dois homens? Isso tem sido tema de intensa pesquisa atualmente, na medida em que os cientistas estão se dando conta de que o coração não é meramente uma bomba mecânica, mas um sofisticado sistema para receber e processar informações. De fato, o coração envia mais mensagens ao cérebro que o cérebro envia ao coração! Como disse o filósofo francês Blaise Pascal: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”.

Estados emocionais negativos, como raiva ou frustração, geram ondas eletromagnéticas totalmente caóticas do coração, como se estivéssemos pisando no acelerador e no breque simultaneamente. Esse estado de batimentos desordenados é chamado de “incoerência cardíaca” e está ligado à doenças cardíacas, envelhecimento precoce, câncer e morte prematura.

Em estados de amor ou gratidão, nosso batimento cardíaco torna-se “coerente”. Isso diminui a secreção dos hormônios do estresse, reduz a depressão, hipertensão e insônia, melhora o sistema imune e aumenta a clareza mental. Essa é uma das razões pelas quais tem sido provado que as emoções positivas estão associadas à boa saúde física e mental – e à longevidade. Essa irradiação coerente do coração – essa “chama” de genuína afeição – pode afetar pessoas a uma distância de até 5 metros!

Logo, na próxima vez em que você estiver numa situação difícil, respire profundamente, lembre-se de Saint-Exupéry e do Pequeno Príncipe, e irradie a energia de seu coração. Como o Pequeno Príncipe nos lembrou, “somente com o coração podemos ver com clareza”!

By Susan Andrews.

 

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