Alexandre Lucas, inegavelmente, é um articulador incansável da cultura regional.
Trabalha quase sozinho. A gente aplaude, ,se omite,assiste de camarote, às
vezes, sua sempre postura ativista. A verdade é que pertencemos a uma geração
já desencantada, e às voltas com problemas naturais, inerentes ao nosso estágio de vida,
Aos pouco começamos a nos adequar a um ritmo de vida sem circo,
trampolins, picadeiro. A lona parece abandonada num terreno baldio.
Falta sangue novo?
Falta engajamento da nossa tribo em atividades de retaguarda, com
aplicações das lições de vida apreendidas?
Começo a desgostar de TV, fastia-me a net, perdi o interesse pelo
próximo capítulo das novelas. A gente vai perdendo a graça, e ganhando tolerância,
limitando açúcar, sal, gordura e o que delicia os sentidos.
Stela referiu-se, com propriedade, à magia que encerra as pequenas coisas. Que elas nos salvem!
Reciclar os ânimos, no convívio infanto-juvenil, pode ser uma... Precisamos
ser avós!?
O mais esquisito é quando perdemos o interesse em consumir cheiros,
panos, brilhos, balangandãs... O Shopping é cansativo, ocasional, quando
desistimos de deixar a panela chiar.
O dinheiro começa a esticar um pouco, sabendo que se transformará em
cápsulas ou gotas amargas.
Precisamos de forças solidárias para mudar o encanto da casa, com novas
cores e flores.
Neste início de mês sofremos perdas afetivas: a mãe de Nicodemos, o pai
de Emerson, e outros conhecidos, ainda jovens, da nossa comunidade.
Estamos na fila da hora certa, tão incerta!
Minha voz desafina, no chuveiro, e interrompe a canção: “eu pensei em
lhe falar/quase fui lhe procurar...”
É assim vida e melodia. Para de encantar e começa a ficar esquecida!
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