por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 8 de junho de 2012


Decompondo/roubando o estado –  por José Almino Pinheiro


No livro “Decompondo/roubando o estado”, publicado pela Euromedia Group, k.s. - Universum em 2012, da professora tcheca Dra. Vladimíra Dvorakova, catedrática da cadeira de Politologia da Faculdade de Relações Exteriores, em Praga, encontrei o seguinte:

Nossa democracia é semelhante à famosa “Aldeia de Potemkim” aparentemente parece normal, mas é apenas realidade virtual, uma caricatura de democracia; temos a Constituição, mas cada um a interpreta como quer, simplesmente ninguém a lê nem se guia por ela, temos partidos políticos, mas estes não cumprem os preceitos básicos de um partido político, temos as coalizões, mas seus comportamentos não são possíveis de análise pela teoria das coalizões, temos representantes no Parlamento, mas esses não sabem o que estão votando, temos procuradores combatendo a corrupção, mas a maioria dos casos não são investigados, temos representantes do estado e juízes, mas os tribunais não conseguem decidir quais deles pertencem à máfia da justiça e quais não pertencem. E agora?
Grigori Alexandrovich Potemkin (1739–1791) príncipe russo, foi marechal, ministro e amante da Imperatriz Catarina II, a Grande. O Príncipe Potemkin, preocupado com o que a Imperatriz Catarina II e seus reais convidados da Europa ocidental iriam ver nas margens do rio Dnieper quando navegassem a bordo do iate real, resolveu “maquiar” as casas, praças etc., no percurso da viagem para esconder a miséria e a pobreza da população.  A Czarina e seus convidados iriam avistar de longe, de seu luxuoso barco, as aldeias limpas, as casas perfeitamente pintadas, praças arrumadas e pessoas sorrindo e acenando para o cortejo real. Com a farsa, o Príncipe Potemkim, que além das obrigações de cama com a imperatriz era também responsável pela ordem interna e progresso do império, queria mostrar aos ilustres convidados como o reinado da Czarina era justo, cheio de glória e bem sucedido. 
De forma que a idéia de “Aldeia de Potemkin” significa falsidade. É a arte do faz de conta.

(A informação sobre o Príncipe Potemkin e suas aldeias foram extraídas da Wikipedia).




Um comentário:

Ana Paula disse...

Por que será essa dificuldade tão grande de identificação com as instituições, leis e papéis na democracia? Pelo jeito não é só ao sul do Equador que esta miopia acontece. Meu palpite é que enquanto a democracia for formal, apenas, e não vivenciada, é difícil para cada um agir como cidadão, respeitando o bem comum. Como chegar lá...? Esse trabalho formiguinha do blog de vocês parece bem legal nesse caminho!
Saudações a tod@s!