quatro portas,
flores incrustadas
desenho de cinzéis
que vestir?
indecisão que gravamos
no maciço da madeira
essência agora das portas
flor por ser
que vestir?
vestir o lá de fora,
formas possíveis lá dentro
pegadas no caminhar
no trocar o que é
e o que não é de fato
e não cabe nos braços
e às vezes sobra
do olho para os bolsos
paisagem nos tecidos
paisagem abotoada
ruas, avenidas, vitrines
não obstante depois
o sabão e seu esforço
o que vestir?
ser para olhos alheios
onde nem sempre se guarda
a presença que se quer
e no final pode ser
um tiro pela culatra
bem no meio do pé
2 comentários:
Chagas, vc arrasou!
Queria toidos os dias uma chuva dos teus versos.
Abraços
Valeu, Socorro.
Abraço.
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