travessia
da noite
empurrar
o silêncio para
um
canto
subida,
descida, vagando no
atravancado
das saídas,
travessia
da noite densa,
suas
curvas
esbarram
na fronteira
do
corpo, sua brisa
fraseia
o sem sentido no rosto
os
passos não levam a lugar seguro,
transparente
abrigo do outro lado,
para
além da construção
toda
com esse tecido opaco
e
por isso frágil, ah, não...
na
travessia da grande noite,
carência
de certeza em suas coisas,
o
imprevisível na coreografia dos fatos,
nas
dobras do dia a caminho,
espelho
de reflexo traiçoeiro
na
tradução das cores e formas
2 comentários:
Grande Chagas!
Hoje foi na medida que eu gosto.
Poesia em profusão.
Abraços
Às vezes a coisa funciona.
Fiquei uns dias limando e lixando esses poemas. Deu um pouco de trabalho, mas ficaram prontos. É mais trabalho e menos inspiração.
Quando eu era menino, na minha terra, :) ou melhor, na minha casa, tinha um ditado que dizia que "tudo demais é veneno". Inclusive inspiração, digo agora.
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