por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 15 de outubro de 2011

Dia do Professor - por Norma Hauer




Penso que pouco tem os professores a comemorar no dia de hoje.


Além de os governos (de qualquer nível) não darem a mínima importância ao ensino (preferem ver o povo sem instrução, para melhor manobrá-lo) os alunos não respeitam seus professores.


Professor nunca foi bem pago, mas eram respeitados como mestres.

Para manter suas famílias, trabalhavam em várias escolas. Meu pai foi professor no extinto Colégio Vera-Cruz, onde estudei e, confesso, não gostava de ser"a filha do professor". Tinha de procurar ser uma aluna 100% quando esse não era meu "perfil"


Tratávamos os professores pelo título, sempre com um "senhor" no tratamento.


Quando Brizola criou os CIEPs, idealizado por um grande mestre: DARCY RIBEIRO, o objetivo era um ensino completo, tanto intelectual como fisicamente, com tempo integral ,completado com alimentação,assistência médica e dentária.


A criança que fosse tratada como GENTE dificilmente seria um marginal. As primeiras turmas estariam hoje com a idade mais ou menos de 30 anos, provavelmente trabalhando e formando família, com filhos também freqüentando os CIEPs.


O governo que veio depois de Brizola não deu continuação ao projeto porque o povo apelidou os CIEPs de "Brizolões". Como dar prosseguimento a um BRIZOLÃO ???


Mas lembrando todos os professores, principalmente os atuais, desrespeitados, vamos à letra de

PROFESSORA

Autores: Benedito Lacerda e Jorge Faraj


Eu a vejo todo dia,

Quando o sol mal principia,

A cidade a iluminar.

Eu venho da boemia,

Ela vai, quanta ironia!

Para a escola trabalhar.

Louco de amor nos seus rastros

Vagalume atrás de um astro

Atrás dela eu tomo o trem

E no trem das professoras,

Em que outras vão sedutoras,

Eu não vejo mais ninguém


Essa operária divina,

Que lá no subúrbio ensina

As criancinhas a ler

Naturalmente condena

Na sua vida serena,

O meu modo de viver.

Condena porque não sabe

Que toda a culpa lhe cabe

De eu viver ao Deus dará...

Menino querendo ser

Para de novo aprender

Novamente o bê a bá.



Norma Hauer

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