por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 15 de outubro de 2011

Armando Marçal- por Norma Hauer




Foi a 14 de outubro de 1903 que nasceu, aqui no Rio de Janeiro, o compositor ARMANDO MARÇAL.
Dentre tudo que Marçal compôs, um samba , lançado em 1933, é conhecido, executado e regravado ainda hoje: 'AGORA É CINZA".

Marçal era de família pobre, teve pouco estudo e, ainda muito jovem, teve de trabalhar no ofício de lustrador de móveis, que continuou exercendo por muitos anos, mesmo após ficar conhecido como compositor.

Antes de gravar alguma música de sua autoria, onde seu nome, ao lado de Alcebíades Barcelos faria parte da etiqueta do disco, participou da gravação de "Na Pavuna", com Almirante , samba esse considerado o lançador dos instrumentos de percussão em gravações.

Informo isso porque a primeira gravação de um samba da dupla (” A Malandragem”) foi feita por Francisco Alves, onde este aparece como cantor e compositor. Os verdadeiros compositores não foram citados.

Interessante a história de "Agora é Cinza". O samba recebeu o nome de "Tu Partiste", sendo cantado em rodas de samba. Mas Alcebíades Barcelos, co-autor, alterou o nome para "Agora é Cinza". Tornou-se um grande sucesso; “estourou” na voz de Mário Reis, sendo regravado por cantores atuais.

Embora fossem dois sambistas, um dos cantores que mais gravaram composições da dupla, foi Carlos Galhardo, conhecido como "Rei da Valsa". Dentre outros sambas, Galhardo gravou "Dou-te um Adeus";"Sorrir";"Ando na Orgia";"Deixaste Saudades";"Numa Noite Serena";"Você me Deixou", "Vem Mulata" e mais alguns.

E duas valsas que eles compuseram foram gravadas por Gilberto Alves:"Silêncio" e "Prece à Lua".

Armando Marçal faleceu com apenas 43 anos, mas deixou "raízes": Seu filho Nilton,
que ficou conhecido como Mestre Marçal (já falecido) e seu neto Armando, que
continua a tradição da família.

Armando Marçal estava nos estúdios da gravadora Victor, quando teve um enfarte , sendo imediatamente atendido, mas já nada se podia fazer. Faleceu ali mesmo, no dia 20 de junho de 1947.

Norma

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