por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 21 de agosto de 2011

Festa da Padroeira- por Altina Siebra Paes


Escritas em 2007, quando falo das festas religiosas nos anos 60. Resumidamente, refiro-me mais às diversões, o lado profano da festa, pois as missas, novenas, procissões sempre estavam presentes em todas as cerimônias realizadas na nossa paróquia.


A nossa geração lembra-se do que digo, os nossos filhos e netos conhecerão, um pouco, a felicidade que experimentamos naqueles anos.


Como vê, sou, como você, uma saudosista. Não é bom ter saudade do que é bom?! Inesquecível 22 de agosto! Salve a Nossa Senhora da Penha!


Abraços!


Altina

Festa da Padroeira

A Festa da Padroeira Nossa Senhora da Penha era outra maravilha, não só pelas celebrações cristãs, mas pela festa social. Começava com a chegada e o hasteamento do “pau da bandeira”, em frente à igreja, que era ponto de concentração dos jovens para ouvir a Banda de “seu” Azul apresentar-se às 5:00 horas da manhã e, sobretudo, ao meio dia, além das salvas de tiro.

À noite, eram armadas mesas e cadeiras em frente à Sé Catedral, onde tínhamos as quermesses, os leilões das guloseimas preparadas pelas famílias encarregadas daquele dia. Toda sociedade, comércio, indústria, escolas, associações, participavam desse trabalho, arrecadando, assim, o dinheiro para manutenção da paróquia.

As apresentações da banda de pífano dos Anicetos, dos bacamarteiros, do Maneiro-Pau, dos Reisados, das Pastorinhas com a disputa entre os partidos azul e encarnado e a Diana (com seu vestido confeccionado com as duas cores representando os dois partidos), para ver quem apurava mais donativos para a festa; a presença costumeira do Parque Maia, armado em torno da praça, com sua “Roda Gigante”, carrinhos, cavalinhos, canoas, aviões, a “Mulher Macaco”, as pescarias, os tiro ao alvo, brinquedos que ainda hoje temos, embora mais modernos, tudo isto nos transmitia uma alegria indefinível.

Não dá para esquecer aquele cheiro exalado pelos temperos do gostoso cachorro quente, preparado naquele recipiente de alumínio e envolto no papel celofane, do

óleo da fritura dos filhoses, o manzape, os roletes de cana e tantas outras delícias, vendidas nas barracas montadas ao redor da praça.

Através de um amplificador de som, músicas de Anísio Silva, Silvinho, Valdick Soriano, Orlando Dias, Roberto Silva, Cláudia Barroso, Núbia Lafaiete, Moacir Franco, Altemar Dutra, Agnaldo Timóteo, os veteranos Cauby Peixoto e Nelson Gonçalves e tantos outros, eram oferecidas para as paqueras, que rodeavam o centro da praça, tornando-se um fato até descontraído e folclórico: “Esta música é dedicada a alguém que está sofrendo de amor”, “Esta música vai para um alguém que está com a blusa amarela” e, assim, por diante.

Chegava o 1º de setembro, dia do encerramento da festa, com o gostinho de quero mais. O jeito era aguardar o próximo ano. 

Parabéns, Altina, esse texto vai mexer  com a geração dos anos 60.
Suspiros!!!

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