Se cantasse como chove
de música minha alma se inundaria.
Chove a cântaros e me comove
Tanto e quanto uma melodia.
E sonhos inteiriços teço
com alguma maestria.
Cítaras noturnas, eu não mereço
que acalmem a minha nostalgia.
Se rimasse como a água cai
(fendas d'água em vértices sem fim),
minha alma não suportaria mais
tanta poesia minando dentro de mim.
E versos maravilhosos canto
como se não servisse a outro fim.
Mas a poesia em mim é um manto
que me cobre, quando chove assim.
Um comentário:
Lindo demais, Luiz !
Beijo!
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