Vagaroso,
o tampão do dia escorregou,
atrás das montanhas azuis
da minha distância.
Quando me dei conta,
a luz do dia,
escoava inteira por ali,
no esgoto da existência.
Enquanto,
ouro de frontispício,
avermelhava-se o canto,
do escoado dia.
Secava,
toda a luz existente,
do recipiente do céu,
escuridez figurada.
E neste instante,
do fusco do perdido claro,
o céu era via láctea,
um novo luminar.
Sutil,
subentendida sabedoria,
silente verdade,
contemplativa nuance.
E o céu,
preenchido de vaga-lumes,
retirada de galáxias,
girou.
E no outro lado,
a monção de luzes,
vidente resplandeceu,
os poros da pele.
Não sempre,
alternada com a sutileza,
entre a paga da vida,
e a vida paga.
Paracuru, 6 de agosto de 2010.
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