O DITADOR DE SUCESSOS
Foi esse o cognome que César Ladeira, que sempre dava um título aos artistas de seu tempo deu a Farjalla Rizcalla. E quem foi ele?
Foi como DÉO que ele ficou conhecido no meio musical, já que seu nome verdadeiro não era nada radiofônico: Farjalla Rizcalla, filho de libaneses.
Ele nasceu em 26 de janeiro de 1914, aqui no Rio de Janeiro, mas foi em São Paulo , na Rádio Record, que iniciou sua carreira, primeiro como discotecário, depois como cantor de tangos. Na música brasileira inspirou-se em Sílvio Caldas, cantando seu repertório.
Em 1936 gravou seu primeiro disco com o samba "Vendedora", que não "emplacou".
No ano seguinte gravou "Sinto Lágrimas", de Francisco Malfitano..
Mas foi no carnaval de 1939 que obteve seu primeiro sucesso :"Casta Susana", de Ary Barroso e Alcyr Pires Vermelho.
"Será você a tal Susana,
A casta Susana,
do Posto 6¨?"
A partir daí seu nome foi-se tornando conhecido e Ary Barroso o levou para a Rádio Tupi.
Ainda em 1939 gravou uma valsa (ou canção?) de Ataúlfo Alves:"Canção do Nosso Amor".
Nesse mesmo ano compôs, com Octavio Gabus Mendes e José Marcílio, uma valsa, que se tornou grande sucesso na voz de Orlando Silva:"SÚPLICA", uma bela valsa que não tem rimas, mas nem se percebe isso, pela beleza de seus versos.
Nos anos 40 alcançou vários sucessos, como "A Morena que eu Gosto";"Mulher de Luxo"; " Eu te Agradeço"; "Nervos de Aço"; Infidelidade"; "Até Parece que eiu sou da Bahia" "Terra Seca"...
Em 1944 gravou um bonito samba sinfônico, da autoria de Humberto Teixeira, de nome "Sinfonia do Café". Lindo samba não fez o sucesso que merecia e nem mesmo é citado nos dados biográficos de Déo.
No mesmo estilo, ainda de Humberto, gravou "Terra da Luz", referente ao Estado do Ceará, em que diz:
" do herói jangadeiro,que não permitia que navio negreiro entrasse na Terra da Luz", lembrando que foi o Ceará o primeiro estado a não permitir a entrada de escravos no país.
Em 1950 gravou o samba "A Mulher deve Casar" (mas o homem não) de Nássara.
Esse samba, começa dizendo "a mulher deve casar, meu irmão, mas o homem não".
Com quem ela se casaria? Eis um mistério...
Déo não pertenceu ao famoso "cast" da Rádio Nacional. Trabalhou principalmente na Rádio Tupi, até 1962, e também pertenceu ao elenco da Mayrink Veiga, onde César Ladeira deu-lhe o título da "Ditador de Sucessos".
Dias antes de falecer, regravou um samba de Haroldo Lobo, que foi sucesso no carnaval. Seu nome "...E o 56 Não Veio": mais um samba no repertório nacional falando em bonde. O n° 56 era o da linha "Alegria".
"Será que ela não veio porque se zangou.I
Ou o bonde Alegria descarrilou?"
DÉO faleceu em 23 de setembro de 1971, aos 56 anos.
Foi esse o cognome que César Ladeira, que sempre dava um título aos artistas de seu tempo deu a Farjalla Rizcalla. E quem foi ele?
Foi como DÉO que ele ficou conhecido no meio musical, já que seu nome verdadeiro não era nada radiofônico: Farjalla Rizcalla, filho de libaneses.
Ele nasceu em 26 de janeiro de 1914, aqui no Rio de Janeiro, mas foi em São Paulo , na Rádio Record, que iniciou sua carreira, primeiro como discotecário, depois como cantor de tangos. Na música brasileira inspirou-se em Sílvio Caldas, cantando seu repertório.
Em 1936 gravou seu primeiro disco com o samba "Vendedora", que não "emplacou".
No ano seguinte gravou "Sinto Lágrimas", de Francisco Malfitano..
Mas foi no carnaval de 1939 que obteve seu primeiro sucesso :"Casta Susana", de Ary Barroso e Alcyr Pires Vermelho.
"Será você a tal Susana,
A casta Susana,
do Posto 6¨?"
A partir daí seu nome foi-se tornando conhecido e Ary Barroso o levou para a Rádio Tupi.
Ainda em 1939 gravou uma valsa (ou canção?) de Ataúlfo Alves:"Canção do Nosso Amor".
Nesse mesmo ano compôs, com Octavio Gabus Mendes e José Marcílio, uma valsa, que se tornou grande sucesso na voz de Orlando Silva:"SÚPLICA", uma bela valsa que não tem rimas, mas nem se percebe isso, pela beleza de seus versos.
Nos anos 40 alcançou vários sucessos, como "A Morena que eu Gosto";"Mulher de Luxo"; " Eu te Agradeço"; "Nervos de Aço"; Infidelidade"; "Até Parece que eiu sou da Bahia" "Terra Seca"...
Em 1944 gravou um bonito samba sinfônico, da autoria de Humberto Teixeira, de nome "Sinfonia do Café". Lindo samba não fez o sucesso que merecia e nem mesmo é citado nos dados biográficos de Déo.
No mesmo estilo, ainda de Humberto, gravou "Terra da Luz", referente ao Estado do Ceará, em que diz:
" do herói jangadeiro,que não permitia que navio negreiro entrasse na Terra da Luz", lembrando que foi o Ceará o primeiro estado a não permitir a entrada de escravos no país.
Em 1950 gravou o samba "A Mulher deve Casar" (mas o homem não) de Nássara.
Esse samba, começa dizendo "a mulher deve casar, meu irmão, mas o homem não".
Com quem ela se casaria? Eis um mistério...
Déo não pertenceu ao famoso "cast" da Rádio Nacional. Trabalhou principalmente na Rádio Tupi, até 1962, e também pertenceu ao elenco da Mayrink Veiga, onde César Ladeira deu-lhe o título da "Ditador de Sucessos".
Dias antes de falecer, regravou um samba de Haroldo Lobo, que foi sucesso no carnaval. Seu nome "...E o 56 Não Veio": mais um samba no repertório nacional falando em bonde. O n° 56 era o da linha "Alegria".
"Será que ela não veio porque se zangou.I
Ou o bonde Alegria descarrilou?"
DÉO faleceu em 23 de setembro de 1971, aos 56 anos.
Norma
Nenhum comentário:
Postar um comentário