por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 13 de setembro de 2025

 INTERESSES INCONFESSOS – José Nílton Mariano Saraiva

A priori: ciente que o evento seria transmitido ao vivo e a cores por diversos canais televisivos para todo o Mundo, o prepotente, calculista, arrogante e vaidoso ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, não poderia jamais deixar de aproveitar a rara oportunidade; assim, antecipadamente informou aos demais colegas do Supremo Tribunal Federal, que não permitiria apartes, que não aceitaria qualquer arguição, que não consentiria ser interrompido sob nenhuma hipótese durante sua fala, quando lhe seria dada a oportunidade de proferir o seu voto defensivista sobre a tentativa de Golpe de Estado, perpetrado por Jair Bolsonaro e sua quadrilha.

E aí, em nome da Democracia, tivemos que suportar ele ditando falação em nauseantes e incríveis 14 horas de blábláblá inconsequente, contidos em sua peça de 429 páginas (sem dúvida, um dos mais longos discursos proferidos naquela Corte).

Se fosse algo realmente sério, consistente e digno de ser considerado, talvez sequer percebêssemos o passar do tempo, o esvair-se das horas, o tedioso tic-tac do relógio, o infindável e preguiçoso monólogo.

Mas, ao contrário, indo de encontro aos fatos e atos sobejamente conhecidos por metade do mundo e a outra banda (as atrocidades cometidas por Bolsonaro e demais meliantes, durante os quatro anos de (des)governo e, principalmente, quando das eleições presidenciais de 2022), Fux perdeu o senso do ridículo, enveredou por caminhos sem volta, navegou criminosamente na contramão do bom senso e da decência, ao usar e abusar de mentir, de tergiversar, de contrariar falas e vídeos criminosos, de conhecimento amplo, geral de irrestrito.

Para, alfim, a pérola brilhante e reluzente, a sagração e suprassumo da hediondez: no dizer de Fux, Jair Messias Bolsonaro e seus quadrilheiros não tinham culpa de absolutamente nada, não cometeram qualquer irregularidade, qualquer deslize, qualquer indecência, uma falha sequer digna de registro. Assim, eram todos inocentes (os áudios e vídeos sobre, não deveriam ser considerados).

A posteriori, a pergunta que se impõe, é: que INTERESSES INCONFESSOS estariam por trás do despir-se moralmente (de Fux), da sua decisão de sujeitar-se ao ridículo ante a contundência da verdade, do exercitar sua porção cínica sem qualquer constrangimento, já que publicamente ???

Poderíamos entender como um ato isolado visando uma polpuda “monetização” subjacente ??? Ou Fux, por falta de escrúpulos, estaria simplesmente garantindo a manutenção do seu visto de entrada para os Estados Unidos (já que o visto do Ministro Alexandre de Moraes foi revogado exatamente em razão deste não aceitar ingerências americanas no processo envolvendo Bolsonaro) ??? Ou, ainda: será que Fux ter-se-ia aliado ao traidor da pátria, Eduardo “Bananinha” Bolsonaro, objetivando salvar da prisão o chefe da Organização Criminosa que intentou contra a nossa soberania ???      

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