INTERESSES INCONFESSOS – José Nílton Mariano Saraiva
A priori: ciente que o evento
seria transmitido ao vivo e a cores por diversos canais televisivos para todo o
Mundo, o prepotente, calculista, arrogante e vaidoso ministro do Supremo
Tribunal Federal, Luiz Fux, não poderia jamais deixar de aproveitar a rara
oportunidade; assim, antecipadamente informou aos demais colegas do Supremo
Tribunal Federal, que não permitiria apartes, que não aceitaria qualquer
arguição, que não consentiria ser interrompido sob nenhuma hipótese durante sua
fala, quando lhe seria dada a oportunidade de proferir o seu voto defensivista sobre
a tentativa de Golpe de Estado, perpetrado por Jair Bolsonaro e sua quadrilha.
E aí, em nome da Democracia,
tivemos que suportar ele ditando falação em nauseantes e incríveis 14 horas de blábláblá
inconsequente, contidos em sua peça de 429 páginas (sem dúvida, um dos mais longos
discursos proferidos naquela Corte).
Se fosse algo realmente sério,
consistente e digno de ser considerado, talvez sequer percebêssemos o passar do
tempo, o esvair-se das horas, o tedioso tic-tac do relógio, o infindável e
preguiçoso monólogo.
Mas, ao contrário, indo de
encontro aos fatos e atos sobejamente conhecidos por metade do mundo e a outra banda
(as atrocidades cometidas por Bolsonaro e demais meliantes, durante os quatro
anos de (des)governo e, principalmente, quando das eleições presidenciais de
2022), Fux perdeu o senso do ridículo, enveredou por caminhos sem volta,
navegou criminosamente na contramão do bom senso e da decência, ao usar e abusar
de mentir, de tergiversar, de contrariar falas e vídeos criminosos, de
conhecimento amplo, geral de irrestrito.
Para, alfim, a pérola
brilhante e reluzente, a sagração e suprassumo da hediondez: no dizer de Fux, Jair
Messias Bolsonaro e seus quadrilheiros não tinham culpa de absolutamente nada,
não cometeram qualquer irregularidade, qualquer deslize, qualquer indecência, uma
falha sequer digna de registro. Assim, eram todos inocentes (os áudios e vídeos
sobre, não deveriam ser considerados).
A posteriori, a pergunta que
se impõe, é: que INTERESSES INCONFESSOS estariam por trás do despir-se moralmente
(de Fux), da sua decisão de sujeitar-se ao ridículo ante a contundência da
verdade, do exercitar sua porção cínica sem qualquer constrangimento, já que publicamente
???
Poderíamos entender como um
ato isolado visando uma polpuda “monetização” subjacente ??? Ou Fux, por falta
de escrúpulos, estaria simplesmente garantindo a manutenção do seu visto de
entrada para os Estados Unidos (já que o visto do Ministro Alexandre de Moraes
foi revogado exatamente em razão deste não aceitar ingerências americanas no
processo envolvendo Bolsonaro) ??? Ou, ainda: será que Fux ter-se-ia aliado ao
traidor da pátria, Eduardo “Bananinha” Bolsonaro, objetivando salvar da prisão o
chefe da Organização Criminosa que intentou contra a nossa soberania ???
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