por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 6 de janeiro de 2024

RECORDAR É VIVER ??? – José Nílton Mariano Saraiva


Dr. Fausto Martin de Sanctis foi um jovem e rigoroso Juiz Federal da 6ª Vara Criminal de São Paulo, que ficou famoso tratando sobre corrupção e crimes do colarinho branco.

Naquele tempo, aqui em Fortaleza, Tasso Jereissati houvera herdado o comando do BNB, e colocado na sua presidência um empresário de 5º categoria, desonesto e especialista em falcatruas contábeis, de nome Byron Queiroz.

Aperreados e tensos com a iminência do BNB ser inviabilizado, tomamos individualmente a decisão de recorrer àquele Juiz (já que Federal), na perspectiva de que ele, de lá, pudesse nos dar uma mãozinha.

Dirigimo-nos a ele, então, através da correspondência abaixo:

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Fortaleza - CE, 02 de janeiro de 2007
Excelentíssimo Senhor
Dr. Fausto Martin de Sanctis
MD Juiz Federal da 6ª Vara Criminal de São Paulo
SÃO PAULO-SP

Meritíssimo,

O Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB) é uma estatal federal criada em 1952 pelo então Presidente da República, Getúlio Vargas, com o nobre objetivo de atuar como agente indutor do desenvolvimento do semiárido nordestino, através do debelamento das graves disparidades regionais ainda hoje vigentes no Brasil.

Instituição séria e respeitada internacionalmente, já que composta por técnicos da mais alta qualificação, de uns tempos para cá, entretanto, o BNB (como os nordestinos o conhecem) passou a ser disputada e usada pelos políticos regionais como principal “joia-da-coroa”, quando da partilha do poder.

Assim, em 1995, quando da assunção do tucano Fernando Henrique Cardoso na Presidência da República, o BNB foi exigido – e entregue, de pronto – ao então Governador do Ceará, senhor Tasso Jereissati que colocou na sua presidência o afilhado Byron Costa de Queiroz, inexpressivo empresário dado a práticas pouco ortodoxas, principalmente em termos contábeis financeiros.

A partir daí, então, o uso e abuso de métodos criminosos no trato da coisa pública se fizerem presentes no BNB e os crimes perpetrados, posteriormente considerados pelo Banco Central como “PROVADOS, INCONTROVERSOS E DEFINITIVOS”, foram incontáveis e responsáveis por diversas ações na Justiça, mas que, devido ao tráfico de influência do hoje Senador da República, Tasso Jereissati (padrinho do senhor Byron), tendem a “não dar em nada”.

Como o senhor trata de crimes da espécie, tomamos a liberdade de encaminhar-lhe trabalho de nossa autoria, a respeito (o livro “BNB-A Verdade Nua e Crua - Sobre a Era Byron Queiroz”), todo ele baseado em documentos oficiais e que, se se tornar necessário, poderemos disponibilizar a V. Excia.

Sendo o que se nos apresenta para o momento, ficamos na expectativa de qualquer manifestação de V. Excia (mesmo que apenas confirmando o recebimento desta e do livro) oportunidade em que lhe formulamos votos de um Ano Novo dos melhores e dos mais promissores.

Respeitosamente,

José Nílton Mariano Saraiva (Economista e Aposentado do BNB)
CPF: 020.291.114-49 – RG: 99020028171 SSPDS-CE
Fortaleza - CE
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Post Scriptum:

Coincidência, ou não, meses após o envio desta ao Dr. Fausto Martin de Sanctis, fomos intimados (laconicamente) a comparecer à sede local da Polícia Federal, às 11;00 hs do dia 18.06.2008..... “a fim de prestar esclarecimentos no interesse da Justiça”. Fato é que eles estavam em poder do livro ( enviado pelo Dr. Fausto Martin de Sanctis ??? ) e durante duas horas fomos sabatinados por dois delegados sobre as “graves acusações” ali contidas; como imaginamos preventivamente que tal intimação só podia ser sobre o livro, levamos toda a documentação citada no corpo do próprio (mais de 100 páginas) e lhes repassamos, com a promessa explícita da parte deles, de que seria “anexada ao processo”.

Recordar é viver ???

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