O EXEMPLO DOS “HERMANOS” – José Nílton Mariano Saraiva
Que o Brasil é, inquestionavelmente, o maior e mais
importante país da América Latina, (não só territorialmente, mas em qualquer
configuração/segmento que se pretenda expor) ninguém pode contestar. Tanto que,
lá atrás, no início da década de 70, o então presidente dos Estados Unidos,
Richard Nixon, foi sucinto, breve e categórico: “Para onde se inclinar o
Brasil, se inclinará o resto da América Latina”.
A reflexão é só pra lembrar que, embora detenha tal
liderança, nada impede que como país busquemos nos espelhar em nossos vizinhos,
aproveitando o que de relevante produzam ou produziram.
Dois exemplos distintos (política e futebol) são
emblemáticos de tal situação: na Argentina, nosso principal concorrente, que,
tal qual aqui passou por uma ditadura militar das mais sanguinárias, que matou
ou fez desaparecer milhares de cidadãos, posteriormente os arrogantes milicos
cabeças do golpe foram julgados, condenados e presos sem maiores delongas, independentemente
da graduação (general, major e por aí vai). Cumpriram penas, sim, e penas
exemplares.
Por aqui, figuras como Jair Bolsonaro, Braga Neto,
Villas Bôas Correa, General Heleno e dezenas de outros, que inclusive
participaram da tentativa violenta de derrubada (via golpe de Estado) de um
Presidente da República democraticamente eleito, continuam circulando por aí,
livres, leves e soltos, conspirando entre quatro paredes e incitando seus
adeptos a se insurgirem contra o constitucionalmente estabelecido. Já passou da
hora, pois, dos nossos tribunais superiores imitarem nossos “hermanos”
argentinos, encanando todos eles, se possível em presídios distintos e de
segurança máxima, tendo em vista a periculosidade que representam.
Já no campo futebolístico, o exemplo que deveríamos nos
espelhar e seguir vem também de um outro país vizinho, o minúsculo Uruguai. Lá,
a federação que cuida do futebol resolveu, vapt-vupt, que os atletas-medalhões
que eram escalados por patrocinadores para integrarem a seleção nacional foram
literalmente banidos; assim, jogadores que mesmo no auge da carreira não foram
eficientes (Cavani, Suarez, Arrascaeta e outros), não mais serão chamados a
integrarem o selecionado nacional, dando vez aos mais jovens e que lutam por um
lugar ao sol. Já passou da hora, pois, que por aqui a tal CBF imite nossos
“hermanos” uruguaios, dispensando essa velharia improdutiva, maquiavélica e mercenária
(Neimar-Zé-Cai-Cai, Casimiro, Thiago Silva, Marquinhos e por aí vai).
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