Ainda
sobre as “homenagens” (algumas um tanto quanto “fora do prumo”)
prestadas por “pais-torcedores” aos seus ídolos (principalmente
do futebol, do cinema e da música popular), materializadas no
batismo do filho com o nome de um deles, vale lembrar uma “sui
generis”.
Como
sabemos, durante muito tempo o cinema americano não tinha
concorrente em termos de convincentes, belos a preparados
atores/atrizes, qualidade técnica, recursos especiais, direção,
produção e o escambau (hoje, outros países já conseguem produzir
filmes com a mesma qualidade na direção, na produção e com
“artistas” reconhecidamente convincentes na arte de representar).
Mas, que foram os americanos que dominaram por muito tempo a “sétima
arte”, isso ninguém há de contestar.
E
aí quem se destacou foi o pequeno distrito de “Hollywood”, na
cidade de Los Angeles, que serviu de abrigo aos grandes estúdios
cinematográficos de então, que por sua vez detinham em seus “casts”
o suprassumo ou o filé-mignon na tarefa de representar; assim, os
categorizados profissionais do cinema normalmente se vinculavam a um
desses estúdios. Portanto, chegar a “Hollywood” (a “meca do
cinema”) era o sonho, o ápice, o apogeu e a aposentadoria de
qualquer “artista” que pretendesse ser reconhecido como tal.
Pois
foi para homenagear “Hollywood” (“ninho” dos grandes atores
do cinema) que os humildes e iletrados pais do nosso personagem
resolveram dar-lhe o nome daquele pequeno distrito americano. E
assim, quando veio ao mundo, o rebento querido recebeu um nome fora
dos padrões tão usuais à época aqui no Brasil (José, Raimundo,
João, Joaquim, Sebastião, Manoel e por aí vai); além de que, o
“nobre” e pomposo nome o diferenciaria dos demais meninos e
“mascararia’ a pobreza em que a família vivia atolada até o
pescoço.
Só
que, em razão do despreparo do anotador-cartorário de plantão, a
homenagem acabou saindo um tanto quanto esdrúxula, esquisita,
estapafúrdia até: e assim veio ao mundo o nosso glorioso “Oleúde
José Ribeiro”.
Depois
de crescido, o agora tonificado e vigoroso negro “Hollywood/Oleúde”
virou jogador de futebol e, atualmente, com o alcunha/apelido de
“Capitão” tornou-se um suplício e tormento para os atacantes do
time contrário, porquanto, atuando na defesa, adotou o estilo
“xerifão”: do pescoço pra baixo é tudo canela.
Além
do mais, ele é um “capitão” (do time) e, portanto, merece
respeito. E tome porrada, a torto e a direito, pra cima e pra baixo (quem for podre que se quebre).
Nenhum comentário:
Postar um comentário