por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 5 de abril de 2020

"CAVALO DE PAU " - José Nilton Mariano Saraiva


Na ascensão à Presidência da República do “traste” que aí está, dentre outras pelo menos duas importantes instituições federais foram protagonistas decisivas e determinantes para o descalabro atual: o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.
O Supremo Tribunal Federal (onde tudo realmente começou), ao covardemente permitir (com receio da reação popular) que um deslumbrado e incompetente juiz de primeira instância (Sérgio Moro) passasse por cima de todo vasto ordenamento jurídico pátrio (já que atropelando diuturnamente o contido na Constituição Federal), objetivando e conseguindo, a posteriori, influir na eleição presidencial, ao condenar, sem qualquer prova material, o então favorito às eleições presidenciais, Lula da Silva, alijando-o do páreo e abrindo caminho para a “excrescência” que temos hoje no comando do país.
Pois bem, covardes e prolixos, mas certamente conscientes do que estava sendo feito, Suas Excelências contribuíram, sim, e decisivamente, para a perpetração do golpe (lembram-se do “com o Supremo, com tudo” de Romero Jucá ???), tanto que, após, quando o juizeco “criou asas” e peitou acintosamente o próprio Supremo Tribunal Federal, um dos seus integrantes, Gilmar Mendes (que particularmente contribuiu muito ao barrar a investidura de Lula da Silva à Casa Civil da presidente Dilma Rousseff), deitou falação e reconheceu que aquela corte houvera, sim, sido cúmplice de Sérgio Moro e sua quadrilha, ao aceitar passivamente todas as ilegalidades por ele perpetradas ao longo da tal operação Lava Jato.
Para os que seletivamente não lembram, ipsis litteris: É um grande vexame e participamos disso. Somos cúmplices dessa gente. Homologamos delação. É altamente constrangedor e temos que dizer: nós falhamos; a República de Curitiba nada tem de republicana, era uma ditadura completa. Assumiram papel de imperadores absolutos. Gente com uma mente muito obscura, Gente ordinária. Se achavam soberanos. Gente sem nenhuma maturidade, Corrupta na expressão do termo. Violaram o Código de Processo Penal”.
De outra parte, no picadeiro armado do outro lado da Praça dos Três Poderes, em Brasília, os nauseabundos pilantras com assento no Congresso Nacional (Câmara e Senado) foram partícipes ativos do espetáculo circense de quinta categoria que findou por catapultar do poder uma presidenta da República democraticamente eleita (Dilma Rousseff), por supostos crimes de responsabilidade, nunca comprovados.
Fato é que, com a exclusão de Lula da Silva, um medíocre e aventureiro deputado do baixo clero (de produtividade zero em 30 anos de mandato), aposentado do exército por insubordinação e indisciplina, defensor incondicional da tortura e da milícia, além de apoiado por fundamentalistas religiosos (evangélicos) acabou surpreendendo e “chegando lá”.
O resultado é o que estamos a assistir: um país transformado numa autêntica “casa se mãe Joana”, onde só quem não manda é quem deveria mandar, o próprio presidente.
Sem governo, sem comando, sem controle, sem uma liderança firme que o conduza a um porto seguro, o Brasil de hoje em muito se assemelha a um imenso transatlântico à deriva, no meio de tempestades colossais, que tendem a arremessá-lo às rochas.
Para livrar-se da catástrofe iminente, seria fundamental que as duas instituições que colaboraram decisivamente para o estágio atual (Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional), engatassem um “cavalo-de-pau” em sua trajetória de covardia e omissão, e se redimissem ante a nação através do impeachment (Congresso) ou do impedimento puro e simples (Supremo).
Afinal, se por incompetência ou questão de caráter o doido varrido que está Presidente da República dia a dia comete as maiores barbaridades, se já provou por A + B que está pouco ligando para o constitucionalmente estabelecido, se insiste, persiste e não desiste em delegar aos deslumbrados filhos milicianos poderes inadmissíveis, se não tem a mínima aptidão para o exercício da função, se desrespeita sistematicamente os demais poderes constituídos, por qual razão não afastá-lo de pronto, antes que seja tarde demais ???
Com o Supremo e o Congresso a palavra final.






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